França pede ao Irão para "não piorar mais a situação" do acordo nuclear
A França pediu hoje ao Irão que "não piore ainda mais a situação" do acordo nuclear iraniano, um dia depois de Teerão ter iniciado a produção de urânio metálico, a mais recente violação dos compromissos do tratado de 2015.
© Reuters
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"A fim de preservar o espaço político para a procura de uma solução negociada, apelamos ao Irão que não tome novas medidas que agravem ainda mais a situação no plano nuclear", afirmou em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, numa altura em que a chegada da Administração do Presidente norte-americano, Joe Biden, sugere ser possível o progresso diplomático nesta questão.
Na quarta-feira, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) anunciou que os seus inspetores confirmaram que o Irão iniciou a produção de urânio metálico.
Ainda hoje, a Rússia pediu moderação aos iranianos.
"Entendemos a lógica e as razões do Irão, mas é necessário mostrar moderação e uma abordagem responsável"... [O comportamento do Irão] não fomenta o otimismo", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Riabkov, citado pela agência de notícias Ria Novosti.
Na quarta-feira, o diretor da AIEA, Rafael Grossi, anunciou que os inspetores da agência confirmaram a 08 de fevereiro a produção de uma pequena quantidade de urânio metálico, 3,6 gramas, numa instalação iraniana em Isfahan (no centro do país).
O urânio metálico também pode ser utilizado no fabrico de uma bomba nuclear e a pesquisa sobre sua produção é especificamente proibida pelo acordo nuclear, o chamado Plano de Ação Conjunto que o Irão assinou em 2015 com Alemanha, França, Reino Unido, China, Rússia e Estados Unidos.
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