"Os canais diplomáticos devem manter-se abertos, não apenas para desarmar as crises e incidentes, mas também para fazer trocas diretas, transmitir mensagens firmes e francas, sobretudo porque as relações estão longe de ser satisfatórias", declarou, num comunicado.
A Europa condenou firmemente a decisão, esta semana, de um tribunal russo, de condenar a três anos de prisão o militante anticorrupção de 44 anos, e também a repressão contra os manifestantes pro-Navalny que deu origem à prisão de mais de 10.000 pessoas nas últimas semanas.
No entanto, apesar da indignação suscitada pela detenção de Navalny, a visita do Alto Representante da União Europeia para a Política Externa dividiu os estados-membros da União Europeia.
Moscovo anunciou a expulsão de um diplomata polaco, um alemão e um sueco, apenas algumas horas após o encontro de Borrell com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, para falar sobre as relações bilaterais.
A Rússia acusou os diplomatas de terem participado nos ajuntamentos ilegais de 23 de janeiro para apoio a Alexeï Navalny, mas a União Europeia negou todas as acusações.
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) disse que irá dar conta do balanço da sua visita aos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 países membros a 22 de fevereiro, e que os dirigentes europeus irão discutir as relações tensas com Moscovo numa cimeira em março.
Os diplomatas da UE continuaram "em contacto" com os advogados de Navalny durante a visita de dois dias, indica ainda o comunicado, sem dar detalhes sobre aquela comunicação, nem abordar a questão de novas eventuais sanções a aplicar contra a Rússia.