Eventual retirada da NATO do Afeganistão será "a decisão mais importante"

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, pediu aos países membros para decidirem em conjunto sobre se a Aliança deve permanecer no Afeganistão e incentivou os talibãs a demarcarem-se do grupo terrorista Al-Qaida.

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Lusa
04/02/2021 13:02 ‧ 04/02/2021 por Lusa

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A eventual retirada da NATO do Afeganistão será "a decisão mais importante" da cimeira ministerial por videoconferência que a organização realizará nos dias 16 e 17 de fevereiro, disse Stoltenberg, numa conferência de imprensa, após reunião com o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander de Croo.

Stoltenberg, que também serve de porta-voz da aliança militar de 30 países da Europa e da América do Norte, considerou que tanto a permanência como o abandono do Afeganistão têm "custos e desafios" que devem ser analisados em profundidade.

"Se decidirmos sair, corremos o risco de ameaçar o processo de paz e a luta contra o terrorismo internacional (...) mas, se decidirmos ficar, a situação será igualmente difícil (...) com um previsível aumento da violência, inclusivamente contra as tropas da NATO", explicou o secretário-geral, apelando a que uma decisão seja tomada rapidamente.

"Eu diria aos países (membros): 'Vamos decidir o que temos de decidir, façamo-lo juntos' e aos talibãs digo que devem respeitar os seus compromissos", disse Stoltenberg, referindo-se à necessidade de o grupo insurgente "romper com todo o terrorismo internacional, incluindo a Al-Qaida".

Na semana passada, os talibãs rejeitaram um relatório do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos segundo o qual, sob a sua proteção, a Al-Qaida está a fortalecer-se no Afeganistão, uma possibilidade que é uma clara violação do acordo assinado em fevereiro, em Doha, entre os Estados Unidos e os insurgentes.

Nesse acordo, os talibãs comprometeram-se a não permitir que o solo afegão sirva de base para a realização de ataques terroristas contra outras nações, bem como a romper laços com grupos terroristas, em particular a Al-Qaida.

O chefe do Governo belga, país que alberga a sede da NATO, disse, por seu lado, que "a palavra 'juntos' é a palavra chave" da decisão que venha a ser tomada pela organização, acrescentando que o Afeganistão continuará a ser uma prioridade para a Aliança.

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