Covid-19: HRW pede distribuição "equitativa" da vacina na Síria

A organização Human Rights Watch (HRW) pediu hoje apoio para as organizações de ajuda humanitária na Síria para garantir uma distribuição e administração "equitativa" da vacina contra a covid-19, acusando o regime de práticas discriminatórias.

siria bandeira

© iStock

Lusa
02/02/2021 11:56 ‧ 02/02/2021 por Lusa

Mundo

Pandemia

 

Numa Síria fragmentada pela guerra, a esmagadora maioria da população depende da ajuda de ONG e, no passado, o regime de Bashar al-Assad foi acusado de impedir a chegada de ajuda essencial a bastiões da oposição fora do seu controlo.

"Os que fornecem as vacinas à Síria devem fazer todo o possível para garantir que elas chegam aos mais vulneráveis, onde quer que eles se encontrem no país", disse Sara Kayyali, especialista da HRW para a Síria, num comunicado.

"O governo sírio nunca se incomodou por dificultar o acesso a cuidados médicos, prática que utiliza como arma de guerra", adiantou.

No final de janeiro, o governo sírio aprovou a adesão ao sistema Covax, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Aliança Global para as Vacinas (GAVI) para garantir que as vacinas chegam aos países mais pobres.

Mas sublinhou que a obtenção da vacina não deve "minar a soberania" do país, declarações citadas pela HRW que se preocupa com uma eventual exclusão do plano de vacinação de áreas do território que escapam ao controlo do regime.

A organização de defesa dos direitos humanos refere, como exemplo da atitude do regime sírio, a "recusa" de Damasco de autorizar agências da ONU a "instalar laboratórios de rastreio da covid-19 no nordeste", região controlada em parte pelos curdos.

Há ainda o caso do último grande bastião 'jihadista' e rebelde de Idlib (noroeste). A HRW garante que as "autoridades locais" da região apresentaram um pedido oficial para aderir ao Covax.

Por último, a HRW destaca os "desafios logísticos" da distribuição da vacina em todo o país, apontando nomeadamente a gestão da cadeia de frio.

A Síria conta com mais de 14.000 infetados, incluindo mais de 900 mortos, desde o início da pandemia.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 2,2 milhões de mortos resultantes de mais de 102,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência France Presse.

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas