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Biden anuncia moratória para perfuração de petróleo e cimeira do clima

O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou hoje uma moratória sobre a perfuração de petróleo em terras e águas federais, bem como uma cimeira internacional sobre o clima, em abril.

Biden anuncia moratória para perfuração de petróleo e cimeira do clima
Notícias ao Minuto

15:58 - 27/01/21 por Lusa

Mundo EUA

Biden deve assinar ainda hoje uma ordem executiva com várias medidas na área ambiental, incluindo a organização pelos Estados Unidos de uma cimeira sobre o clima, no dia 22 de abril, o Dia da Terra, que coincide com o quinto aniversário da assinatura do Acordo de Paris, ao qual os EUA regressaram poucas horas após a posse do novo Presidente.

A medida da moratória na outorga de novas concessões para perfuração de petróleo e gás em terras e águas de propriedade do Estado, que o Presidente assinará hoje, não afetará nenhuma concessão já autorizada, mas permitirá que Biden cumpra uma das suas promessas de campanha.

Os Estados Unidos também se comprometem a preservar a integridade de 30% das terras e águas federais até 2030, a fim de conter a perda de biodiversidade.

Biden também anunciou que as matérias ambientais serão parte essencial da diplomacia e das políticas de segurança dos Estados Unidos e que reconstituirá um conselho científico de especialistas.

O Presidente dos EUA instruirá ainda as agências federais para que invistam em áreas economicamente dependentes de combustíveis fósseis e apoiem as populações afetadas pela crise climática.

Com estas medidas, Joe Biden aproxima-se do seu objetivo de eliminar os combustíveis fósseis e de atingir a neutralidade de carbono no setor de energia até 2035.

Contudo, algumas associações ambientais, como a Oceana, querem que o novo Presidente vá ainda mais longe, transformando a moratória sobre a perfuração numa proibição permanente.

"Ao proteger permanentemente as nossas costas da poluição causada pelas perfurações em mar aberto e ao favorecer as fontes renováveis de energia (...) podemos simultaneamente combater as alterações climáticas e garantir uma economia verde para as nossas costas", explicou Diane Hoskins, porta-voz da Oceana.

O projeto presidencial agora revelado também provocou fortes críticas na indústria de combustíveis fósseis.

"Limitar a exploração (de combustíveis fósseis) em terras e águas estaduais nada mais é do que uma política de importação de petróleo", denunciou Mike Sommers, presidente da federação de profissionais da indústria de petróleo e gás dos Estados Unidos.

David Waskow, do Instituto Mundial de Recursos Naturais, considera que a cimeira do clima, planeada para abril, será uma oportunidade para a principal potência mundial sentar-se à mesa de discussões com outros países, antes da grande conferência da ONU sobre o clima (COP26), que decorrerá em novembro, no Reino Unido.

Waskow espera que os Estados Unidos aumentem as suas metas ambientais, com um horizonte potencial de redução de 50% nas emissões totais de gases de efeito estufa até 2030, em relação aos níveis de 2005.

O Presidente democrata também deve apresentar ao Congresso, em fevereiro, o seu plano climático, com um custo estimado de cerca de dois mil milhões de euros, que coloca as medidas verdes no centro da economia dos EUA.

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