Pequim considera resolução da UE sobre Hong Kong "ingerência flagrante"
A República Popular da China considera "ingerência flagrante" em assuntos internos a resolução do Parlamento Europeu que condena a repressão em Hong Kong.

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Mundo Pequim
Os eurodeputados aprovaram por maioria, quinta-feira, uma resolução que condena a repressão contra ativistas pró-democraciade Hong Kongestimando que o recente acordo entre aChina e a UniãoEuropeia sobre investimentos pode colocar em causa a credibilidade da Europa em matéria de Direitos Humanos.
O texto pede aos 27 Estados membros para "considerarem rapidamente a introdução de sanções contra pessoas em Hong Kong e na China".
A resolução cita a chefe do executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong, CarrieLam, e outros "membros leais" do governo local.
Em reação, aporta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim, HuaChunying, apelou hoje aos eurodeputados "a admitir o facto de que (o território) de Hong Kong foi restituídoà China" pelo Reino Unido em 1997.
De acordo com a porta-voz, alguns deputados "misturaram o bem e o mal" envolverem-se em "ingerências flagrantes nos assuntos de Hong Kong, que pertence à China".
O Parlamento Europeu deve "cessar todas as formas de ingerência" acrescentou HuaChunyingperante os jornalistas, em Pequim.
O acordo entre a República Popular da China e a União Europeia, concluído em finais de 2020, foi criticado por inúmeras vozes que denunciaram a imposição da lei de segurança nacional em Hong Kong e o incremento da repressão contra a minoria muçulmana no nordeste do país.
O Parlamento Europeu advertiu que vai levar em linha de contra a "situação de direitos humanos na China em relação a Hong Kong quando tiver de aprovar o acordo de investimento".
O processo de ratificação do tratadodeve ficar concluído nos próximos 12 meses.
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