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Defensores de povos indígenas pedem investigação a morte de 46 pigmeus

Defensores dos povos indígenas apelaram hoje às autoridades da República Democrática do Congo (RDCongo) para "levarem a cabo investigações" na sequência do massacre de 46 pigmeus na passada quinta-feira, atribuído ao grupo armado das Forças Democráticas Aliadas (ADF).

Defensores de povos indígenas pedem investigação a morte de 46 pigmeus
Notícias ao Minuto

21:22 - 19/01/21 por Lusa

Mundo RDCongo

Numa conferência de imprensa na capital da RDCongo, Kinshasa, os pigmeus e os seus aliados apelaram ao Estado congolês para "identificar as causas profundas desta barbárie", queixando-se do "massacre de pigmeus por outras comunidades, com a cumplicidade das ADF".

Os pigmeus mortos em Ituri, perto da província vizinha de Kivu Norte, eram proprietários de terras, segundo o coordenador da Dinâmica dos Grupos de Povos Indígenas (DGPA, em francês), Patrick Saidi Hamedi, citado pela agência France-Presse (AFP).

Hamedi acrescentou que "não há provas de que tenham sido as ADF a perpetrar estes massacres" e que poderão ter sido membros de comunidades vizinhas que procuravam "terra arável".

As autoridades atribuíram os ataques às ADF, o grupo armado mais violento entre as dezenas de grupos ativos no leste da RDCongo.

O grupo armado ugandês começou a campanha em 1996 no oeste do Uganda em contestação política contra o regime de Museveni tendo sido afastados para junto à fronteira com a República Democrática do Congo.

As ADF não realizam ataques no Uganda há vários anos, tendo estabelecido as suas operações no leste da RDCongo, em particular na província de Kivu Norte, onde lhes foram atribuídas as mortes de mais de 800 pessoas desde novembro de 2019.

"Lamentamos a inércia das autoridades", acrescentaram os organizadores da conferência de imprensa, que anunciaram uma marcha para quinta-feira, em Kinshasa.

Os defensores dos indígenas apelaram também às autoridades para "adotarem e promulgarem urgentemente a lei" sobre a proteção dos direitos dos pigmeus, que está atualmente a ser analisada no parlamento".

O grupo armado ugandês começou a campanha em 1996 no oeste do Uganda em contestação política contra o regime de Museveni tendo sido afastados para junto à fronteira com a RDCongo.

O noroeste da República Democrática do Congo enfrenta há várias décadas um conflito armado em que estão envolvidas centenas de milícias armadas, assim como se verificam ataques impunes das forças regulares e num país onde se encontram estacionados 18 mil capacetes azuis das Nações Unidas.

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