Futuro secretário de Estado de Joe Biden promete "revigorar alianças"
Os Estados Unidos querem "revigorar as suas alianças", que foram maltratadas pelo Presidente cessante, Donald Trump, a fim de "conter os principais adversários" de Washington, defendeu hoje o futuro chefe da diplomacia, Antony Blinken.
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Mundo EUA
"Temos de revigorar as nossas alianças fundamentais, que funcionam como multiplicadores da nossa influência em todo o mundo. Juntos, estaremos numa posição muito melhor para enfrentar as ameaças representadas pela Rússia, Irão e Coreia do Norte e para defender a democracia e os direitos humanos", deverá afirmar, na abertura da sua audiência no Senado, segundo um texto divulgado pela equipa do secretário de Estado nomeado por Joe Biden, que toma posse quarta-feira como Presidente.
Os senadores vão interrogá-lo hoje à tarde e deverão votar, nos próximos dias, a sua indicação para secretário de Estado.
Reaproximar dos aliados, especialmente dos europeus, abalados por quatro anos da administração Trump é uma das principais prioridades da política externa do futuro Presidente, Joe Biden.
Outra das prioridades é demonstrar que os Estados Unidos da América "estão de volta" ao cenário internacional e aos círculos multilaterais, rompendo com a visão nacionalista e unilateralista do bilionário republicano.
"A liderança dos Estados Unidos ainda conta", pretende sublinhar Antony Blinken.
"Se não estivermos na linha de frente, das duas uma: ou outro país está a tentar ocupar o nosso lugar, provavelmente não de forma a promover os nossos interesses ou valores; ou nenhum país está [a ocupar a liderança] e isso é o caos", explica, retomando um argumento várias vezes defendido pelo democrata Joe Biden, que será investido como Presidente na quarta-feira.
O futuro chefe da diplomacia norte-americana deverá ainda defender "a necessidade de ter humildade" -- já que o país "tem trabalho a fazer em casa para melhorar a imagem no estrangeiro".
"Nenhum dos grandes desafios que enfrentamos pode ser resolvido por um país sozinho, mesmo um tão poderoso quanto os Estados Unidos", considera.
Ainda assim, acrescenta Blinken, é preciso agir "com confiança, porque a América, quando expressa o melhor de si mesma, está mais bem posicionada do que qualquer país para mobilizar outros em nome do bem comum".
"Guiados por estes princípios, podemos ultrapassar a crise de Covid, o maior desafio partilhado desde a Segunda Guerra Mundial", e "enfrentar a ameaça existencial que as alterações climáticas representam", insistiu.
"Guiados por estes princípios, podemos ultrapassar a crise da Covid-19, o maior desafio partilhado desde a Segunda Guerra Mundial", e "enfrentar a ameaça existencial que as alterações climáticas representam", considera.
Antony Blinken, de 58 anos, que há muito aconselha Joe Biden sobre política externa e foi o número dois da diplomacia norte-americana durante a administração do Presidente Barack Obama, deverá também prometer restaurar a confiança no departamento de Estado, um ministério extenso cuja gestão de Mike Pompeo foi diversas vezes criticada pelos próprios funcionários.
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