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França: Sete novas detenções em investigação a degolação de professor  

Sete indivíduos foram hoje detidos pela polícia antiterrorismo francesa no âmbito da investigação à degolação do professor de liceu Samuel Paty, em Outubro de 2020, por um extremista islâmico.

França: Sete novas detenções em investigação a degolação de professor  
Notícias ao Minuto

20:20 - 12/01/21 por Lusa

Mundo Samuel Paty

Os detidos terão mantido contactos através das redes sociais com o assassino, o jovem refugiado de origem chechena Abdoullakh Anzorov,de acordo com fonte judicial citada pela agência AP.

Sob acusações de terrorismo e homicídio, outros 14 indivíduos já se encontravam a ser formalmente investigados pela Justiça francesa.

As detenções de hoje tiveram lugar nas cidades de Paris, Lyon,Toulousee outras localidades do Oeste do país.

A lei antiterrorismo francesa permite que os suspeitos possam ser sujeitos a detenção para interrogatório durante 96 horas.

Samuel Patyfoi degolado a 16 de outubro de 2020 à saída da escola onde lecionava na região de Paris, depois de ter mostrado aos seus alunos, durante um debate sobre a liberdade de expressão, caricaturas do profeta Maomé.

O assassino, um jovem de18anos identificado pelasautoridades comoAbdoullakh Anzorov,foi abatido pela polícia.

Anzorov assumiu responsabilidade pelo homicídio numtextodeixado no seu telemóvel, juntamente com uma fotografia da vítima.

Duas semanasdepois da morte do docente, três pessoas foram esfaqueadas mortalmentena Basílica de Notre-Dame de Nice por um extremista islâmico, levando o presidente Emmanuel Macron a proclamar que a França "está sob ataque".

O Parlamento francês aprovou em dezembro de 2020o prolongamento até julho de 2021 de controversas medidas de segurança inscritas na lei antiterrorismodopaís.

A lei encontra-seem vigor desde novembro de 2017 e é criticada pelos defensores das liberdades civis, prevendo buscas e visitas domiciliárias, medidas individuais de controlo, estabelecimento de perímetros de segurança e encerramento de locais de culto.

Asmedidassão inspiradas diretamente no estado de emergência que foi decretado pelas autoridades francesas na noite dos ataques terroristas de 13 de novembro de 2015, que mataram 130 pessoas em Paris, e que foram então classificados como os piores ataques em solo francês desde a II Guerra Mundial.

Quando entrou em vigor, no início de novembro de 2017, a lei antiterrorismo francesa pôs fim ao estado de emergência que vigorava no país.

O texto adotado pelos parlamentares franceses prevê igualmente uma prorrogação até 31 de dezembro de 2021 de medidas relacionadas com os serviços de informações.

Leia Também: Detidos cinco suspeitos de contactarem com homicida de Samuel Paty

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