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Netanyahu anuncia pacto com Pfizer para receber mais vacinas

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje um pacto com a farmacêutica Pfizer para receber mais vacinas para retomar a campanha de vacinação contra a covid-19 e imunizar todos os israelitas acima de 16 anos até ao final de março.

Netanyahu anuncia pacto com Pfizer para receber mais vacinas
Notícias ao Minuto

22:10 - 07/01/21 por Lusa

Mundo Covid-19

"Conseguimos trazer as vacinas antes do planeado e em maior quantidade", afirmou o chefe do Governo, citado pela agência noticiosa Efe, não tendo detalhado o número exato de vacinas que irá receber para continuar a campanha de vacinação, iniciativa que lidera a nível mundial.

Netanyahu descreveu o acordo como "um grande avanço" e apontou que um primeiro avião com vacinas desta farmacêutica deverá chegar no domingo, prometendo que "haverá mais" a chegar "sucessivamente".

O primeiro-ministro israelita conduziu as negociações com as farmacêuticas, algo que os analistas consideram ter sido feito, também, para obter retornos eleitorais nas próximas eleições, marcadas para 23 de março.

"Vamos ser o primeiro país a sair do coronavírus", disse, junto do ministro da Saúde, Yuli Edelstein, numa conferência de imprensa transmitida em horário nobre na qual assegurou que "Israel será um modelo global".

Netanyahu garantiu que 18% da população israelita, composta por nove milhões de pessoas, já recebeu a primeira dose da vacina, incluindo 70% das pessoas em risco e mais vulneráveis à doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2.

Desde o início da campanha de vacinação, há cerca de duas semanas, Israel apresenta o maior número médio de inoculações 'per capita' do mundo, tendo vacinado mais de 1,5 milhões de cidadãos e começado a administração da segunda dose da vacina, necessária para obter imunidade ao vírus.

O anúncio chegou poucas horas antes de o executivo israelita apertar o bloqueio no país com o objetivo de reduzir a crescente taxa de contágio.

Anunciado na terça-feira, este confinamento encerrará escolas e vai impor mais restrições, depois de um recente aumento da morbidade nos últimos dias devido à covid-19.

"Vamos fazer um último esforço", apelou então Netanyahu

O anúncio do reforço do confinamento foi feito depois de as autoridades israelitas terem detetado, na véspera, o maior número de casos desde setembro, com mais de 8.000 novas infeções.

Sem a aprovação do parlamento israelita, os cidadãos de Israel enfrentarão maiores restrições a partir de quinta-feira, incluindo a limitação de mobilidade a um quilómetro de suas casas e a limitação a cinco pessoas em reuniões em interiores e a dez ao ar livre.

Todas as escolas do país serão encerradas, com a exceção de escolas de educação especial, ficando suspensas as atividades desportivas profissionais.

No que toca a viagens ao estrangeiro, que já contavam com restrições para os residentes, apenas poderão viajar os que já compraram bilhete e, a partir de quinta-feira, será necessária uma permissão especial.

O país esperava já o fornecimento de três milhões de vacinas da Pfizer em fevereiro e seis milhões da Moderna em março ou abril.

Israel registou mais de 471 mil infeções e 3.552 mortes desde o início da pandemia, sendo que 878 pessoas permanecem hospitalizadas em estado grave, segundo os dados mais recentes do país.

A imagem do primeiro-ministro israelita foi manchada em 2020 pelo que muitos consideraram ser uma má gestão da pandemia. Durante mais de meio ano, e de forma semanal, milhares de pessoas às ruas para contestar o seu Governo.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.884.187 mortos resultantes de mais de 87,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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