Dono do poço onde morreu Julen paga 500 euros para se livrar de prisão

David Serrano, único arguido no caso da morte de Julen Roselló, foi condenado a um ano de prisão mas, caso cumprisse o acordo com os pais do menino, não seria preso.

Chefe do resgate: "Sentimos que estamos cada vez mais perto de Julen"

© Reuters

Sara Gouveia
23/12/2020 17:29 ‧ 23/12/2020 por Sara Gouveia

Mundo

Espanha

O juiz do Tribunal de Instrução n.º 9 de Málaga aceitou o acordo alcançado entre os pais de Julen Roselló, o menino de dois anos que morreu depois de cair num poço, em Totalán, em Espanha, e o dono do terreno.

David Serrano, único arguido no caso, foi condenado a um ano de prisão por imprudência grave depois se declarar culpado. Esta segunda-feira, o procurador de Málaga e os advogados dos pais da criança solicitaram que o homem fosse enviado "imediatamente" para a prisão por não pagamento da indeminização.

A pena seria cumprida em regime de pena suspensa, não ingressando na prisão, perante várias condições, uma delas era a de pagamento da indemnização que lhe foi imposta (50 euros por mês). Mas, segundo a acusação, David Serrano pagou apenas 100 euros em 11 meses desde que foi condenado.

A quantia incluía 89.529 euros a cada um dos pais do menino, José Roselló e Victoria García, bem como as despesas do resgate (663.982 euros) à autarquia de Málaga.

Segundo o advogado do homem, citado pela agência Efe, o seu cliente não tem trabalho e quase não tem o que comer, tendo sido por isso que não pagou até agora a sua parte da indeminização. No entanto, para evitar a prisão, David Serrano pagou hoje uma multa de 500 euros, com um empréstimo feito pelo escritório de advogados que o representa.

Recorde-se que Julen, de dois anos, caiu num poço em Totallán, um local turístico em Málaga, na região da Andaluzia, em Espanha, no dia 13 de janeiro de 2019. Treze dias depois, as equipas de resgate espanholas encontraram a criança já morta, depois de ter ficado presa num túnel de 25 centímetros de diâmetro e 107 metros de profundidade.

As características do terreno, de extrema dureza, dificultaram o trabalho de perfuração de um túnel vertical de 60 metros paralelo àquele em que a criança caiu, o que atrasou a entrada em ação da brigada mineira para escavar a galeria de acesso ao local.

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