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Presidente do Iémen no exílio faz remodelação governamental

O presidente do Iémen, no exílio na Arábia Saudita, anunciou hoje uma remodelação governamental, "um passo fundamental" para uma resolução política duradoura para o conflito no Iémen, segundo o enviado especial das Nações Unidas para o Iémen

Presidente do Iémen no exílio faz remodelação governamental
Notícias ao Minuto

22:27 - 18/12/20 por Lusa

Mundo Iémen

Segundo a agência de notícias AP, este é um passo importante para fechar uma perigosa rutura entre o governo do Iémen reconhecido internacionalmente e os separatistas do sul apoiados pelos Emirados Árabes Unidos.

O decreto do Presidente Abed Rabbo Mansour Hadi refere que o primeiro-ministro em exercício, Maeen Abdulmalik Saeed, manteria o seu cargo, enquanto 24 cargos ministeriais teriam representação quase igual tanto dos nortenhos como dos do Sul, de acordo com a agência de notícias estatal SABA.

A remodelação incluía mulheres pela primeira vez desde a década de 1990.

O ministro da Defesa, Mohammed al-Maqdishi, e o ministro das Finanças, Salem Saleh Bin Braik, mantiveram os seus cargos no novo Governo.

Ahmed Awad Bin Mubarak, que foi embaixador do Iémen nos Estados Unidos, foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros, substituindo Mohammed Abdullah al-Hadrami, que era crítico dos Emirados Árabes Unidos.

O enviado especial das Nações Unidas para o Iémen, Martin Griffiths, saudou a remodelação, classificando-a como "um passo fundamental para uma resolução política duradoura para o conflito no Iémen".

Nomear um novo governo fez parte de um acordo de partilha de poder entre o Hadi, apoiado pela Arábia Saudita, e o Conselho De transição separatista do Sul, apoiado pelos Emirati, um grupo de milícias que procura restaurar um sul do Iémen independente, que existiu desde 1967 até à unificação em 1990.

O STC tinha sido o principal aliado no terreno dos Emirados Árabes Unidos, onze parceiros da Arábia Saudita na guerra que posteriormente se retirou do conflito. O grupo secessionista declarou auto governação sobre a principal cidade portuária de Aden e outras províncias do Sul em abril, antes de abandonar as suas aspirações de auto governação no final de julho para implementar o acordo de paz com o governo de Hadi.

O acordo de partilha de poder, assinado na capital saudita de Riade no ano passado, pretendia pôr fim a meses de combates entre os aliados nominais da guerra civil do Iémen que opõe uma coligação apoiada pela Arábia Saudita, da qual os Emirados Árabes Unidos fazem parte, contra os rebeldes Houthi, apoiados pelo Irão.

O acordo também exigia a nomeação de um novo governador e diretor de segurança para a cidade portuária de Aden, a sede do governo de Hadi desde que os Houthis tomaram a capital, Sana, em 2014.

No ano seguinte, a coligação liderada pela Arábia Saudita, determinada a restaurar o governo de Hadi no poder, lançou uma intervenção militar.

O acordo de partilha de poder também incluiu a retirada das forças rivais de Aden e a província de Abyan, no sul do país. A coligação liderada pela Arábia Saudita disse que foi concluída no início desta semana.

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