Num comunicado, o Centro, com sede em Estrasburgo (França), indicou que a cerimónia de entrega dos prémios decorrerá em Lisboa em 2021.

O júri reconheceu o "papel chave" da comissão "no movimento internacional que luta pela abolição da pena de morte" e a contribuição ao direito fundamental à vida e também à solidariedade e associação internacionais" para que se alcance a meta inerente à condição da vida humana.

A Comissão foi criada a 07 de outubro de 2010, sob proposta do Governo de Espanha e tem a sua sede em Madrid, sendo integrada por 22 personalidades de 21 países, como, entre outras, o ex-primeiro-ministro italiano Giuliano Amato, o ministro da Justiça francês que aboliu a pena de morte em 1981 Robert Badinter, e os espanhóis José Luis Rodríguez-Zapatero e Federico Maior Zaragoza.

A presidente da Comissão é a sul-africana Navy Pillay, antiga Alta Comissária dos Direitos Humanos.

Em relação à Rede Mediterrânica, ligada à União pelo Mediterrâneo e integrada por mais de 600 cientistas de 25 países, o júri valorizou a elaboração da primeira avaliação científica sobre o clima e impacto das mudanças climáticas naquele mar.

Para o júri, o prémio à Rede, atribuído no 25.º aniversário do Processo de Barcelona, representa "uma liderança e um exemplo inspirador da potencialidade da colaboração entre Estados e sociedades para enfrentar os desafios das alterações climáticas e da sustentabilidade ambiental".

O presidente do Centro Norte-Sul, o embaixador de Espanha no Conselho de Europa, Manuel Montobbio, em declarações à agência noticiosa espanhola EFE, disse que os objetivos das duas instituições galardoadas são "dois dos assuntos prioritários" para o Conselho da Europa.

Montobbio destacou que é a primeira vez que o Centro Norte-Sul premeia organizações e não personalidades, depois de terem sido feitas alterações aos regulamentos do prémio em junho passado.

A 02 deste mês, foram entregues os prémios referentes a 2019 à tunisina Nabila Hamza, defensora dos direitos humanos das mulheres, e ao presidente da câmara de Palermo (Itália), Leoluca Orlando.

Leia Também: Michelle Bachelet "consternada" com execução de opositor iraniano Zam