"No que diz respeito à Rússia, colaboramos com o Iraque e outros países da região na luta contra o terrorismo, independentemente dos planos que os Estados Unidos tenham para sair ou entrar em algum lugar", apontou Lavrov, em conferência de imprensa conjunta com o homólogo iraquiano, Fuad Hussein.
O chefe da diplomacia russa sublinhou que Moscovo tem "acordos sólidos" com Bagdad sobre esse assunto e recordou que no centro de informação da capital iraquiana trabalham especialistas da "Rússia, Irão, Iraque e Síria".
Ao mesmo tempo, afirmou que as tropas dos EUA no Iraque, Afeganistão e Síria estão, na verdade, a lutar contra ameaças terroristas "que, em termos gerais, eles próprios criaram".
Hussein, por sua vez, abordou a presença de terroristas estrangeiros nos territórios da Síria e Iraque, mas assinalou que "uma grande parte deles está [agora] na prisão".
Nesse sentido, Lavrov indicou que os terroristas devem ser julgados nos países de origem ou em países onde cometerem atos criminosos.
"Qualquer outra opção seria ilegítima", sublinhou o ministro russo.
O secretário norte-americano da Defesa em funções, Cristopher C. Miller, anunciou, na semana passada, a retirada de tropas norte-americanas no Afeganistão até ficarem 2.500 efetivos até 15 de janeiro de 2021, e um número semelhante no Iraque.
Miller assegurou que a decisão não supõe uma mudança na política e é consistente com os objetivos estratégicos dos EUA.
Atualmente, os Estados Unidos mantêm cerca de 4.500 militares no Afeganistão e 3.000 no Iraque.
No ano passado, Lavrov fez a sua primeira visita ao Iraque nos últimos cinco anos, durante a qual se reuniu com as autoridades do país para fortalecer os laços bilaterais, em particular nos setores de energia e humanitários.
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