Os rebeldes do Iémen, apoiados pelo Irão, dispararam na segunda-feira um míssil contra um complexo da Saudi Aramco, situado naquela grande cidade do oeste da Arábia Saudita, causando o incêndio de um reservatório de petróleo.
"Há danos significativos no teto (do reservatório), é um grande buraco de quase dois metros por dois metros", declarou o diretor da fábrica, Abdallah al-Ghamdi, durante uma visita com a imprensa organizada pela empresa.
"O fogo foi extinto em muito pouco tempo, demorou apenas cerca de 40 minutos", mas o incêndio foi grande, disse, confirmando que não houve vítimas.
A fábrica, que tem no total 13 reservatórios, fornece produtos refinados, incluindo querosene, à zona oeste do país.
Os Huthis têm realizado vários ataques contra a Arábia Saudita que lidera uma coligação militar internacional que intervém no Iémen desde 2015 em apoio às forças do governo e contra os rebeldes.
Em setembro de 2019, os ataques contra instalações da Aramco no leste da Arábia Saudita causaram danos significativos e reduziram temporariamente a metade a produção de petróleo do país.
Os Huthis também reivindicaram estes ataques, mas Riad e Washington acusaram Teerão de o ter "patrocinado". O Irão nega fornecer armas aos rebeldes iemenitas, mas não esconde o seu apoio político.
"O que se passou ontem foi outro ataque hostil, semelhante ao que se passou" em setembro de 2019, declarou Abdallah al-Ghamdi.
"No entanto, isso só demonstrará a resiliência da Aramco e provará a fiabilidade do nosso fornecimento de energia no reino e além dele", acrescentou.