Reduzir quarentena à chegada a Inglaterra vai custar mais de 70 euros

A redução da quarentena exigida às pessoas que cheguem a Inglaterra do estrangeiro, de duas semanas para cinco dias, depende do resultado de um teste pago pelos próprios viajantes, que custa pelo menos 65 libras (73 euros). 

Portugal de novo excluído do corredor aéreo do Reino Unido

© REUTERS/Toby Melville

Lusa
24/11/2020 11:28 ‧ 24/11/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

De acordo com o novo sistema, que entra em vigor a 15 de dezembro, as pessoas que cheguem de países sem isenção de quarentena têm na mesma de iniciar isolamento profilático, mas após cinco dias podem realizar um teste de diagnóstico à covid-19.

Se o resultado for negativo, podem sair da quarentena. 

O custo de um teste feito no sistema privado pode custar, em média, entre 65 e 120 libras (73 e 135 euros) e o resultado demora entre 24 a 48 horas. 

Por enquanto esta medida aplica-se apenas a Inglaterra, já que Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia sobre questões de saúde. 

O ministro do Transportes, Grant Shapps, disse que o objetivo é facilitar e promover as viagens internacionais e ajudar as indústrias dos transportes e turismo, particularmente afetadas pelas restrições de circulação relacionadas com a pandemia covid-19. 

"A nossa nova estratégia de teste vai permitir viajar com mais liberdade, ver entes queridos e impulsionar a economia internacional", afirmou, em comunicado.

A organização que representa as companhias aéreas britânicas, Airlines UK, considerou a medida "um bom começo", que descreveu como "uma luz ao fundo do túnel".

Porém, continua a defender um sistema em que os testes sejam feitos pelos passageiros antes da partida para evitar qualquer tipo de quarentena à chegada porque "é a única maneira de reabrir o mercado de forma abrangente", disse o presidente, Tim Alderslade.

O Reino Unido introduziu a necessidade de quarentena por 14 dias a todas as pessoas que cheguem do estrangeiro ao Reino Unido em 08 de junho para evitar a importação de infeções com covid-19, mas um mês depois isentou cerca de 70 países e territórios, criando "corredores de viagem internacionais".

Entretanto, devido à segunda vaga da pandemia covid-19, a maioria destes destinos foi removia da lista de países seguros, incluindo Portugal, que só beneficiou da isenção de quarentena durante três semanas. 

Um refinamento da análise dos dados permitiu a introdução de "corredores de viagem regionais", que permite avaliar ilhas separadamente dos territórios continentais, beneficiando a Madeira e Açores, arquipélagos que estão isentos de quarentena na chegada ao Reino Unido.

O anúncio feito hoje chega um dia após o primeiro-ministro, Boris Johnson, confirmar que o confinamento nacional em Inglaterra de quatro semanas vai ser levantado a 02 de dezembro e substituído por medidas regionais envolvendo três níveis de restrições com base na dimensão dos surtos em diferentes áreas geográficas.

Johnson adiantou estar a ser discutido com os governos autónomos da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte um alívio das restrições durante a época do Natal para permitir o convívio entre famílias e amigos. 

O Reino Unido é o país europeu e o quinto a nível mundial, atrás dos EUA, Brasil, Índia e México, com o maior número de mortes de covid-19, tendo contabilizado 55.230 oficialmente e 63.873 cujas certidões de óbito fazem referência ao novo coronavírus como fator contributivo.

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