Reformados manifestam-se em Minsk para exigir demissão de Lukashenko

Milhares de reformados participaram hoje num protesto na capital da Bielorrússia exigindo a demissão do presidente, Alexander Lukashenko, eleito em agosto para um sexto mandato consecutivo em eleições contestadas pela oposição.

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© Getty Images

Lusa
23/11/2020 17:10 ‧ 23/11/2020 por Lusa

Mundo

Protestos Bielorrússia

Cerca de 2.000 pessoas desfilaram na avenida central de Minsk onde têm decorrido regularmente manifestações todas as segundas-feiras, exibindo bandeiras vermelhas e brancas que se tornaram no principal símbolo dos protestos no país, indicou a agência noticiosa Associated Press (AP).

Alguns manifestantes também transportavam cartazes com a foto de um apoiante da oposição, Raman Bandarenka, que morreu no início de novembro após ter sido alegadamente espancado por forças de segurança.

"As avós e os avôs recuperam mal de novas feridas", dizia uma das frases exibidas no protesto. No final do desfile, o corpo da manifestação dirigiu-se para um cordão policial e de seguida dispersou em pequenos grupos, que seguiram várias direções.

Na sequência do anúncio do resultado das eleições presidenciais de 09 de agosto, que forneceram a Lukasheko uma vitória por larga margem face à candidata da oposição Sviatlana Tsikhanouskaya, eclodiram protestos em massa no país. A opositora e apoiantes recusam-se a reconhecer os resultados, ao denunciaram uma fraude eleitoral em larga escala.

As autoridades reprimiram as manifestações, na maioria pacíficas, a maior com uma participação de 200.000 pessoas. A polícia utilizou gás lacrimogéneo, granadas ensurdecedoras e bastões para dispersar os protestos. De acordo com organizações de direitos humanos, milhares de pessoas foram detidas e muitas delas espancadas.

Hoje, o ministério do Interior da Bielorrússia referiu-se à detenção de 345 pessoas durante os protestos de domingo. O centro de direitos humanos Viasna referiu-se a 390 detidos.

Ainda de acordo com o Viasna, pelo menos uma pessoa foi detida nos protestos de hoje.

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