"news_bold">"A UE saúda a cessação das hostilidades no Nagorno-Karabakh e arredores, na sequência do cessar-fogo, acordado entre a Arménia e o Azerbaijão e mediado pela Rússia, a 09 de novembro", refere Josep Borrell em comunicado.
Apelando a que "todas as partes continuem a respeitar estritamente o cessar-fogo para se evitarem mais mortes", e referindo que a UE "acompanhará de perto a implementação das disposições" do acordo, Borrell pede também aos atores regionais para se "absterem de quaisquer ações ou retórica que possa comprometer o cessar-fogo".
O Alto Representante apela ainda à "retirada total e imediata de todos os combatentes estrangeiros que se encontrem na região".
A 09 de novembro, Moscovo facilitou um acordo entre Erevan e Baku que pôs fim a 44 dias de guerra em Nagorno-Karabakh, que define, entre outros aspetos, a devolução por parte da Arménia de vários territórios que ocupou na guerra entre 1992 e 1994.
O acordo consagra importantes vitórias militares ao Azerbaijão nesta região.
No comunicado de hoje, Josep Borrell refere que a "cessação das hostilidades é apenas um primeiro passo para terminar o conflito duradouro no Nagorno-Karabakh", e que devem ser feitos esforços para a "negociação de uma solução abrangente e sustentável" que inclua também o "estatuto de Nagorno-Karabakh", sublinhando que a UE está pronta para prestar assistência às populações locais.
"A UE e os seus Estados-membros já estão a fornecer assistência humanitária para responder às necessidades imediatas das populações civis afetadas pelo conflito e estão prontos para fornecer mais assistência", sublinha o comunicado.
O Alto Representante pede ainda que seja garantido "acesso humanitário e as melhores condições possíveis para o regresso voluntário, seguro, digno e sustentável das populações deslocadas dentro, e à volta, de Nagorno-Karabakh".
O conflito no enclave remonta aos tempos da União Soviética, quando, no final da década de 1980, o território azeri de Nagorno-Karabakh, povoado principalmente por arménios, solicitou a sua incorporação na vizinha Arménia, deflagrando uma guerra que causou cerca de 30.000 mortes.