A autora do livro que se publica na altura em que se assinalam os 45 anos sobre a morte de Che Guevara afirma ter dados da infância e da juventude do revolucionário sul-americano que lhe permitiram escrever uma biografia que "oferece uma imagem mais aproximada e mais íntima".
"Este personagem é muito conhecido pela sua gesta guerrilheira mas eu queria dar a conhecer outros aspectos da personalidade dele que nunca foram destacados porque ficamos sempre presos aos assuntos relacionados com a guerrilha, o marxismo e a luta armada", explica a autora argentina, residente em Londres, em entrevista à agência EFE.
"Descobri o sofrimento deste homem. Ele tinha uma missão, tinha uma ideia do que tinha que fazer. Fez uma escolha e escolheu a luta armada", diz Lucía Toledo.
Apesar de na juventude Ernesto Guevara ter lido Gandhi, "compreendeu muito cedo que o problema dos latino-americanos só podia ser resolvido através da luta armada", afirma a escritora.
"Toda a gente acredita que quando tomou a decisão passou a usar uma boina e partiu pelos caminhos do mundo, mas não foi assim: sofreu muito por ter feito essa escolha, mas o sofrimento não foi registado nem compreendido", sublinha a biógrafa de Che Guevara.