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Pandemia está a provocar uma "revolução e vai acelerar"

O antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso defendeu hoje que o mundo está a viver uma "revolução", apontando que a pandemia provocada pela covid-19 trouxe mudanças como a diversificação das cadeias de abastecimento ou o crescimento da digitalização.

Pandemia está a provocar uma "revolução e vai acelerar"
Notícias ao Minuto

13:31 - 30/10/20 por Lusa

Mundo Durão Barroso

Na opinião de José Manuel Durão Barroso, a crise provocada pela covid-19 é diferente de outras crises porque não é apenas uma crise económico-financeira, mas de saúde pública, cujo impacto já se faz sentir a nível global.

"O que se está a passar é uma revolução e vai acelerar", apontou o antigo presidente da Comissão Europeia e presidente eleito da Aliança Global para as Vacinas (GAVI), no encerramento de uma formação para jornalistas dedicada à presidência portuguesa da União Europeia, realizada pela agência Lusa.

Para Durão Barroso, esse impacto já é visível tanto ao nível de "um processo de alguma desglobalização", como na "diversificação das cadeias de fornecimento ou de abastecimento".

"Há também um espetacular crescimento da digitalização, nas só das plataformas de comunicação, mas pontos financeiros, económicos, ou o comercio eletrónico", exemplificou, para sustentar que esta pandemia vai trazer "mudanças significativas".

Frisou, por outro lado, que há também a questão da sustentabilidade ecológica, "com uma preocupação cada vez maior e legitima das pessoas, da juventude, com a sustentabilidade da vida". "Por isso, sim, vai haver mudanças significativas", defendeu.

Durão Barroso apontou que a pandemia "é oportunidade para mudar algumas coisas a nível global", referindo que essa mudança já está a acontecer, mas considerou que ainda "é muito cedo para fazer um balanço".

"Temos pandemia e não sabemos até quando dura a pandemia e isso está dependente das vacinas serem seguras e efetivas", sublinhou, acrescentando que, apesar de só assumir as suas novas funções como presidente da GAVI a partir de janeiro de 2021, tem estado a falar com aquele organismo para saber o que está a ser feito para encontrar uma ou várias vacinas.

Sublinhou que esta é uma crise "diferente das outras" porque é uma crise de saúde pública que tem uma variável que não é possível controlar, a de saber até quando vai durar a pandemia.

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