Citadas pela agência espanhola EFE, as mesmas fontes precisaram que a embarcação, de características precárias, avariou quando fazia a travessia entre o Senegal e as ilhas Canárias (Espanha).
As autoridades locais recolheram estas informações a partir dos testemunhos de outros migrantes que também estavam a bordo da mesma embarcação e que foram resgatados pela guarda costeira mauritana.
Os migrantes resgatados foram levados para terra para Nuadibú, a cidade mais importante do norte do país.
Segundo o relato dos sobreviventes, a embarcação zarpou do Senegal há duas semanas com 80 pessoas a bordo.
A dado momento da viagem, a embarcação avariou-se em alto mar.
Um a um, os migrantes lançaram-se ao mar, numa tentativa de alcançar terra e de procurar ajuda, mas os esforços acabaram por ser fatais para uma grande maioria.
No final, apenas 27 migrantes permaneceram na embarcação.
Este caso é relatado no mesmo dia em que é conhecido outro naufrágio marcado pela morte de outros cerca de 140 migrantes, incidente que a Organização Internacional para as Migrações (OIM) já classificou como o mais mortífero naufrágio registado este ano.
Este naufrágio ocorreu na passada sexta-feira nas águas do Senegal após uma eventual explosão no motor da embarcação, segundo a OIM.
Esta semana, as autoridades da Mauritânia resgataram duas outras embarcações que estavam igualmente à deriva perto das suas águas territoriais.
No total, a bordo destas duas embarcações estavam cerca de 300 migrantes que tinham saído do Senegal.