A informação foi avançada pelo senador democrata Bob Menendez, citado pela Associated Press (AP), que acusou o Departamento de Estado de confirmar ao seu gabinete nas últimas semanas que as deportações ocorreram através de Trindade e Tobago, entre janeiro e março deste ano.
O número de venezuelano deportados não é conhecido, no entanto, Menendez, disse que essas ações da administração liderada pelo republicano Donald Trump constituem violações da legislação dos Estados Unidos.
As viagens para a Venezuela a partir dos EUA estão proibidas desde maio de 2019, porque são consideradas perigosas dada a situação de instabilidade político-económico do país.
Menendez endereçou uma carta ao Secretário de Estado Mike Pompeo, à Secretária dos Transportes Elaine Chao e ao Departamento da Segurança Interna a pedir informações adicionais sobre as circunstâncias em que ocorreram estas deportações.
O representante do Departamento do Estado para a Venezuela e para o Irão, Eliot Abrams, garantiu em agosto que os Estados Unidos não estavam a deportar cidadãos da Venezuela porque era inseguro para estas pessoas regressar ao país de origem.
Contudo, há evidências de pelo menos 270 venezuelanos que foram deportados, a maioria sem quaisquer antecedentes criminais ou acusações em solo norte-americano. A grande maioria foi deportado contra a vontade.
Apesar de o número de venezuelanos deportados ser consideravelmente inferior ao de mexicanos e de cidadãos de outros países da América Central, a maior parte é requerente de asilo ou está a escapar à crise económica sem precedentes no país, piorada pelas sanções impostas por Washington.