O apelo de Fayulu surge num momento que se verifica uma crise de desconfiança no país em relação ao Ruanda.
A marcha, marcada para esta quarta-feira, dia 14 de outubro, pretende "dizer não àqueles que cobiçam a terra e a riqueza da RDCongo", escreveu Fayulu na plataforma social Twitter.
Fayulu, antigo candidato presidencial em 2018 -- de que ainda reclama a vitória, face ao Presidente eleito, Félix Tshisekedi --, tinha já abordado este ponto na passada semana.
"Se hoje desistirmos (...) amanhã não teremos país. Seríamos o primeiro povo da África colonizada a ser escravizada, ocupada e colonizada por outro povo de África", disse então o opositor, referindo-se ao chefe de Estado do Ruanda, Paul Kagame, citado pela agência France-Presse.
Em causa está uma comuna de Minembwe, na região de Kivu Sul, cujo presidente da câmara e grande parte dos habitantes pertencem à comunidade Banyamulenge, composta por congoleses tutsi de origem, remota, ruandesa.
Fayulu e vários membros da sociedade civil criticaram a decisão de conceder a Minembwe o estatuto e os poderes de uma comuna liderada por um Munyamulenge [membro da comunidade Banyamulenge].
Tshisekedi decidiu anular esta decisão e instalou uma comissão de peritos, incluindo geógrafos e advogados, para redefinir os limites de Minembew, situada nos planaltos de Fizi.
Esta região é palco de um conflito entre duas milícias Banyamulenge e grupos de autodefesa "Mai Mai", de outras três comunidades [Babembe, Bafuliro e Banyindu).