Detido polícia em fuga condenado por morte de ativista na RDCongo

Um polícia congolês, condenado pelo assassinato de um ativista dos direitos humanos na República Democrática do Congo (RDCongo), em 2010, e que estava em fuga, foi detido na quinta-feira, anunciaram hoje organizações não-governamentais.

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© Reuters

Lusa
04/09/2020 20:01 ‧ 04/09/2020 por Lusa

Mundo

Congo

"O comandante Christian Ngoy Kenga Kenga, considerado um fugitivo, foi preso ontem [quinta-feira] em Lubumbashi, acusado de 'posse de armas de guerra'", disse a Federação Internacional para os Direitos Humanos (FIDH), através de uma declaração.

Ngoy Kenga Kenga, que se encontrava em fuga, tinha sido condenado em 2011 pelo assassinato do defensor dos direitos humanos Floribert Chebeya e do seu motorista.

Ambos tinham desaparecido em Kinshasa em 01 de junho de 2010, após uma passagem pela sede da Inspeção-Geral da Polícia. O corpo do Chebeya, fundador da organização não-governamental (ONG) La Voix des Sans-Voix (VSV), foi encontrado no dia seguinte. O seu motorista nunca foi encontrado.

"Christian Ngoy estava em fuga desde o duplo homicídio e circulava livremente no sul da RDCongo, embora tenha sido condenado no julgamento em primeira instância, em 2011", segundo a FIDH, que denunciou "uma paródia de justiça".

A sua detenção constitui "uma esperança de justiça e de verdade", acrescenta a ONG.

"Agora é tempo de identificar, prender, julgar e punir todos os responsáveis pelo caso", disse a FIDH, que suspeita que o antigo inspetor-geral da polícia John Numbi seja "o cérebro por detrás dos crimes".

As duas vítimas desapareceram quando tinham um encontro com John Numbi.

Cinco polícias - três dos quais estavam em fuga, incluindo o comandante Christian Ngoy Kenga Kenga - tinham sido condenados após um julgamento perante a justiça militar em 2011 e três tinham sido absolvidos. O general John Numbi foi ouvido como testemunha.

Em setembro de 2015, o sistema de justiça militar congolês absolveu um dos polícias condenados em recurso, atenuou a condenação de outro e manteve as absolvições de três envolvidos.

Sob sanções ocidentais, o general John Numbi foi demitido do seu novo cargo de inspetor-geral do Exército em julho passado por decisão do Presidente da República, Félix Tshisekedi, que foi eleito no final de 2018.

 

 

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