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Margem do Guadalquivir amanheceu com 56.000 bandeiras de Espanha

A margem do rio Guadalquivir em Sevilha, desde a Ponte de Alamillo até San Jerónimo, amanheceu hoje com 56.000 bandeiras espanholas colocadas num relvado, em memória das vítimas do novo coronavírus em Espanha.

Margem do Guadalquivir amanheceu com 56.000 bandeiras de Espanha
Notícias ao Minuto

12:50 - 11/10/20 por Lusa

Mundo Sevilha

As bandeiras foram colocadas durante a madrugada por cerca de 180 voluntários da Associação Nacional de Vítimas e Afetados pelo Coronavírus (ANVAC), cujo porta-voz, Jaime Sánchez, disse tratar-se de uma ação semelhante às realizada em outras partes de Espanha, mas com a 'nuance' de que agora existem mais 3.000 bandeiras, "depois de o Instituto Nacional de Estatística espanhol ter elevado o número de mortes" por covid-19.

"As bandeiras foram colocadas a partir das 03:00, depois de se limpar a zona. Recolhemos o lixo que deitámos fora, por isso não só não sujamos o local onde o fazemos, mas deixamos como estava, ou melhor" explicou Sánchez.

"Escolhemos a bandeira porque a Constituição diz que ela nos representa a todos", adiantou.

O porta-voz da ANVAC explicou também porque nunca tornam público o local onde vão realizar estas ações: "há pessoas e grupos que nos ameaçam e não entendem o porquê de fazermos isto. Embora seja uma pequena parte da sociedade, preferimos não divulgar onde vamos colocar as bandeiras".

Jaime Sánchez sublinhou o caráter apolítico e não confessional da associação a que preside e afirmou que "dos mais de 3.500 associados, ninguém se pronunciou contra estes atos porque todos entendem que a bandeira representa todos os espanhóis".

A associação leu ao meio-dia (hora local) em Sevilha e em todos os locais onde atua um manifesto em memória das vítimas e recolherá as bandeiras a partir das 18:00 (17:00 em Lisboa).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e sessenta e nove mil mortos e perto de 37 milhões de casos de infeção em todo o mundo.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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