Líbano. Consultas para nomear novo primeiro-ministro começam no dia 15

O Presidente libanês, Michel Aoun, fixou para 15 deste mês as consultas parlamentares para designar um novo primeiro-ministro, após uma primeira tentativa fracassada no final de setembro para formar um executivo de "independentes".

Presidente aguarda deslocação de Hariri para França para tomar decisões

© Reuters

Lusa
07/10/2020 14:44 ‧ 07/10/2020 por Lusa

Mundo

Líbano

 

"O Presidente Aoun marcou para 15 de outubro as consultas parlamentares para designar uma personalidade que deve, depois, formar um novo Governo", indicou a Presidência libanesa na rede social Twitter.

Após semanas de negociações, o primeiro-ministro interino libanês, Moustapha Adib, nomeado em fins de agosto para o cargo com o objetivo de formar um Governo de "missão", reclamado pela população e sobretudo pela França, apresentou a demissão por falta de consenso entre os diferentes partidos políticos.

Adib deveria formar um gabinete responsável por colocar em prática as reformas essenciais para desbloquear, no prazo de duas semanas, a ajuda internacional anunciada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, durante a visita feita ao Líbano no início de setembro.

O atraso registado, num país multiconfessional habituado a intermináveis negócios pouco claros entre os partidos no poder, acusados de corrupção pela população, suscitou a ira do Presidente francês, que criticou a "traição coletiva" dos políticos libaneses num discurso proferido após a demissão de Adib.

Macron, porém, admitiu a necessidade de estender o prazo por "quatro a seis semanas" para que o Líbano forme um Governo, com a ameaça de que se trata da "última oportunidade" para que as autoridades libanesas possam receber a ajuda financeira internacional.

Adib sucedeu a Hassan Diab, que apresentou a demissão na sequência da devastadora explosão que, a 04 de agosto, destruiu o porto de Beirute, que causou 202 mortes, 6.500 feridos -- estão ainda desaparecidas nove pessoas -- e arrasou bairros inteiros situados nas proximidades, deixando mais de 300.000 pessoas sem teto.

O incidente deveu-se à explosão de 2.750 toneladas de nitrato de amónio armazenadas no porto da capital libanesa, sendo ainda desconhecidas as causas da ignição.

O Líbano viva há cerca de um ano a sua pior crise económica, social e política desde o fim da guerra civil (1975/90), agravada pela pandemia de covid-19.

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