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39 países pedem à China para respeitar os direitos humanos dos Uigures

Quase quatro dezenas de países pediram hoje, numa declaração comum na ONU, à China para "respeitar os direitos humanos" do grupo étnico Uigure em Xinjiang, manifestando-se também "inquietos" com a evolução da situação em Hong Kong.

39 países pedem à China para respeitar os direitos humanos dos Uigures
Notícias ao Minuto

20:39 - 06/10/20 por Lusa

Mundo Direitos Humanos

"Apelamos à China para respeitar os direitos humanos, em particular os direitos das pessoas ligadas a minorias étnicas e religiosas, nomeadamente em Xinjiang e no Tibete", declarou o embaixador da Alemanha na ONU, Christoph Heusgen, numa reunião da terceira comissão da Assembleia Geral das Nações Unidas, especializada em Direitos Humanos.

Entre os signatários estão os estados Unidos, a maioria dos países europeus, incluindo também a Albânia e a Bósnia-Herzegovina, bem como o Canadá, Haiti, Honduras, Japão, Austrália e Nova Zelândia.

"Estamos seriamente preocupados com a situação dos direitos humanos em Xinjiang e pelos recentes desenvolvimentos em Hong Kong. Apelamos à China para permitir um acesso imediato e sem entraves a Xinjiang para que lá se possam deslocar observadores independentes, incluindo o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos", lê-se no texto.

Imediatamente após a intervenção do diplomata alemão, o Paquistão leu uma declaração assinada por 55 países, entre eles a China, para denunciar a utilização da situação em Hong Kong para vários países se envolverem nos assuntos internos chineses.

Citando a Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido, o embaixador da China na ONU, Zhang Jun, criticou, por seu lado, a "atitude hipócrita" desses três países, pedindo-lhe para "porem de lado a arrogância e os preconceitos".

Num outro comunicado, a organização Human Rights Watch (HRW) congratulou-se com o facto de o apelo ao respeito pelos direitos humanos na China contar, este ano, com o apoio de um cada vez maior número de países, "apesar das persistentes ameaças e táticas intimidadoras".

Em 2019, um texto semelhante sobre a situação dos direitos humanos na China, redigido por iniciativa do Reino Unido, contou com o apoio de 23 países.

Segundo diplomatas ocidentais citados pela agência noticiosa France Presse, Pequim tem multiplicado anualmente as pressões para dissuadir os membros das Nações Unidas de assinar as declarações, ameaçando, entre outras medidas, não renovar a participação em missões de paz num qualquer país ou de impedir a construção de uma nova embaixada na China aos Estados que assinem a petição.

Segunda-feira, sob a iniciativa de Pequim, 26 países reclamaram no mesmo fórum o fim das sanções norte-americanas e de outros países ocidentais que violam, alegaram, os direitos humanos na luta contra a pandemia de covid-19, que há provocou mais de um milhão e quarenta e cinco mil mortos e mais de 35,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo.

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