Um grande júri do estado do Kentucky, nos Estados Unidos, anunciou esta quarta-feira que deduziu apenas uma acusação contra um dos polícias envolvidos na morte de Breonna Taylor. No entanto, nenhum dos polícias foi acusado da morte da mulher de 26 anos.
Segundo a Associated Press, a única acusação deduzida pelo grande júri diz respeito aos tiros disparados contra apartamentos vizinhos ao de Breonna Taylor e surge seis meses depois de Taylor ter morrido durante uma operação policial questionável e que teve um desfecho trágico.
O único acusado foi o ex-agente Brett Hankinson, que vai enfrentar uma acusação de três crimes por ter colocado em perigo a vida de outros.
Dos agentes envolvidos na operação da noite de 13 de março, Brett Hankinson foi o único que foi despedido, no passado mês de junho.
Esta terça-feira o departamento da polícia metropolitana de Louisville já tinha anunciado a abertura de uma investigação interna para avaliar se os seis agentes que ainda estão no departamento tinham violado os procedimentos da polícia durante a operação de busca à casa de Breonna Taylor.
Breonna Taylor foi alvejada de forma fatal no decurso de uma operação de narcóticos. A polícia tinha um ‘no-knock’ warrant, ou seja um mandado de busca no qual os agentes não têm de bater à porta. Os agentes derrubaram a porta e entraram no apartamento de Breonna Taylor, sem saberem que esta estava acompanhada do seu namorado, que estava armado.
O sargento Mattingly afirmou que foi atingido por uma bala disparada pelo namorado de Breonna Taylor ao entrar no apartamento, ele e outros dois agentes ripostaram, abrindo fogo. Taylor morreu na sequência dos tiros disparados pelos três agentes da polícia.
O desconhecimento relativamente à presença do namorado de Breonna Taylor, aliado à decisão de prosseguir com uma busca de elevado risco sob circunstâncias questionáveis, foram factores que contribuíram para o desfecho trágico.
[Notícia atualizada às 19h21]
