A morte, na passada semana, de Ruth Bader Ginsburg, aos 86 anos e ao fim de 27 em funções, abriu a possibilidade de Trump nomear mais um juiz para o Supremo Tribunal, podendo deixar este órgão com uma maioria conservadora de seis contra três juízes.
Trump disse na segunda-feira que espera que a nomeação aconteça ainda antes das eleições presidenciais, marcadas para dia 03 de novembro, e que anunciará a sua indicação do novo juiz ainda esta semana, que o senado, onde o Partido Republicano detém a maioria dos assentos, precisa de aprovar.
O senador Lidsey Graham já tinha dito que não se intimidaria com os democratas, que se opõem a uma votação do nome indicado pelo Presidente antes de o novo Presidente tomar posse.
Hoje, Graham garantiu que a maioria republicana (53-47) garantirá os votos suficientes para que a indicação de Trump seja aprovada.
Em 2016, o líder da maioria republicana no senado, Mitch McConnell, recusou-se a permitir uma votação no candidato ao Supremo apresentado pelo então Presidente democrata, Barack Obama, o juiz Merrick Garland, alegando a proximidade das eleições presidenciais.
Dois anos depois, os democratas lutaram sem sucesso para impedir a confirmação de Brett Kavanaugh para o Supremo Tribunal, invocando uma agressão sexual que ele tinha cometido quando era aluno num colégio - alegações que Kavanaugh negou.
"Eles tentaram destruir Brett Kavanaugh", disse Graham, numa declaração televisiva, prometendo que a maioria republicana voltará a contrariar as intenções democratas.
"Temos os votos para confirmar a substituição da juíza Ginsburg antes da eleição. O candidato terá o apoio de todos os republicanos no comité judiciário", garantiu o senador republicano.