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Primeiro-ministro da Costa do Marfim pede "eleições pacíficas"

O primeiro-ministro da Costa do Marfim pediu hoje "eleições pacíficas" perante alguns milhares de jovens num encontro político em Abidjan, a um mês e meio de uma eleição presidencial tensa, após ter ocorrido um incidente com os opositores.

Primeiro-ministro da Costa do Marfim pede "eleições pacíficas"
Notícias ao Minuto

21:46 - 19/09/20 por Lusa

Mundo Costa do Marfim

"Não deem ouvidos a quem ameaça a Costa do Marfim", a "Costa do Marfim dos jovens que poderíamos manipular acabou", afirmou Hamed Bakayoko, cujos apoiantes dizem ser popular entre os jovens, que elogiam também o "histórico do Presidente Alassane Ouattara", que concorre a um terceiro mandato, apesar da contestação da oposição.

O primeiro-ministro falava num encontro político organizado pela "Plataforma para a vitória do RHDP [Reunião de Houphouetistas pela Democracia e Paz]", organização próxima do partido do poder, apesar de a campanha eleitoral só começar em 15 de outubro, conforme o recordado pela Comissão Eleitoral independente num comunicado na quinta-feira, onde apontou que "toda a propaganda eleitoral" é proibida "fora do período regulamentar da campanha".

Esta foi a primeira reunião política na Costa do Marfim desde o anúncio, na passada segunda-feira, pelo Conselho Constitucional dos candidatos selecionados para as presidenciais de 31 de outubro. Apenas quatro das 44 candidaturas foram aceites pelo Conselho: são as do Presidente Outtara e de três oponentes, entre os quais o ex-chefe de Estado Henri Bédié (1993-1999).

Antes do encontro, que decorreu na grande comuna popular de Yopougon, considerada favorável ao ex-presidente Laurent Gbagbo, registou-se um incidente entre os manifestantes da oposição e a polícia.

Cerca das 08:00 locais (09:00 em Lisboa), no mercado Sicogi, um pequeno grupo de manifestantes enfrentou a polícia e incendiou um veículo policial, segundo os testemunhos de dois comerciantes à France-Presse, que pediram anominato.

As autoridades da Costa do Marfim proibiram todas as manifestações até 30 de setembro.

Eleito em 2010 e reeleito em 2015, Ouattara tinha inicialmente anunciado em março a sua decisão de desistir de concorrer a um terceiro mandato. Mudou de ideias em agosto, após a morte súbita do então primeiro-ministro e candidato presidencial do partido no poder, Amadou Gon Coulibaly.

O anúncio da sua recandidatura provocou confrontos, que resultaram pelo menos em 15 mortes.

O Conselho considerou que, com a nova Constituição de 2016, o país tinha entrado numa nova República e que a contagem de mandatos tinha sido recolocada a zero, embora o novo texto, tal como o anterior, limite o número de mandatos presidenciais a dois.

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