De acordo com fontes do Ministério da Defesa turco, citadas por jornais locais, a reunião esteve inicialmente marcada para hoje, mas foi adiada para quinta-feira.
No dia 03 de março, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, já tinha anunciado que os dois países concordaram em realizar "conversas técnicas" para estabelecer mecanismos que reduzam a tensão e o "risco de incidentes e acidentes" no Mediterrâneo oriental.
Segundo fontes da NATO, as delegações dos dois países já tiveram uma primeira reunião, em março, cujo resultado não foi divulgado.
A tensão entre a Turquia e a Grécia - aliadas na NATO, mas divididas por uma tradicional inimizade geográfica e histórica - manifestou-se na realização de manobras militares na zona do Mediterrâneo sobre a qual os dois países reivindicam direitos de exploração do gás.
Uma fragata grega e uma fragata turca chegaram mesmo a colidir, em meados de agosto, durante uma manobra tensa, deixando acusações mútuas que agravaram as tensões diplomáticas.
Atenas pretende delimitar a sua zona económica marítima exclusiva (ZEE) a partir da costa da ilha de Kastelorizo, localizada 120 quilómetros a leste de Rodes e 520 quilómetros da Grécia continental, o que se traduziria num domínio grego sobre a maior parte do Mediterrâneo oriental.
Ancara, por sua vez, assegura que "as ilhas não podem ter ZEE", posição que não tem sustentação na legislação marítima, e tem desenvolvido atividades de exploração de hidrocarbonetos em áreas que a Grécia considera suas.