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Mali. Presidente deposto em golpe de Estado hospitalizado devido AVC

O Presidente deposto do Mali Ibrahim Boubacar Keïta, na sequência de um golpe militar, foi hospitalizado na terça-feira à noite depois de um princípio de acidente vascular cerebral (AVC), foi hoje noticiado.

Mali. Presidente deposto em golpe de Estado hospitalizado devido AVC
Notícias ao Minuto

17:24 - 02/09/20 por Lusa

Mundo Mali

"Após extensos testes, concluímos que sofreu um ataque isquémico transitório, é um alerta, mas ele está a recuperar bem de momento", disse um médico da clínica de Bamako, onde o chefe de Estado deposto deu entrada, citado pela agência France-Presse.

Um ataque isquémico transitório normalmente dura apenas alguns minutos e manifesta-se como um AVC (perda de força de um lado, perda de visão, deficiência da linguagem), sendo considerado um sinal de aviso do risco de um enfarte subsequente.

Ibrahim Boubacar Keïta foi deposto por um grupo de oficiais em 18 de agosto, após sete anos à frente deste país em guerra com grupos 'jihadistas' e após meses de protestos, tendo anunciado a sua demissão na televisão após ter sido levado de sua casa pelos militares que tomaram o poder.

Depois de ter sido mantido no campo militar de Kati, a 15 quilómetros da capital, e posteriormente num local não divulgado, pôde regressar à sua casa em Bamaco, em 27 de agosto, de acordo com a junta militar no poder.

Desde então, não tem sido visto em público.

O Presidente deposto, eleito em 2013 e reeleito em 2018 para um mandato de cinco anos, tinha sido operado ao maxilar no estrangeiro há alguns meses devido a uma "terrível dor de dentes".

Ao anunciar a sua libertação, a junta militar disse que o ex-Presidente foi autorizado a deixar o Mali se necessário para cuidados médicos.

Independente da França desde 1960, o Mali viveu o quarto golpe militar na sua história, depois dos episódios ocorridos em 1968, 1991 e em 2012.

Além da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da União Africana, a ação militar já foi rejeitada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela União Europeia (UE).

Portugal tem no Mali 74 militares integrados em missões da ONU e da UE.

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