Maria Kolesnikova, que declarou o seu apoio a Svetlana Tikhanovskaia, a principal adversária do Presidente Alexander Lukashenko, foi diretora de campanha de Viktor Babariko, um dos três candidatos à presidência impedidos de se apresentarem ao escrutínio e que se encontra detido, à semelhança do vídeo-'blogger' Serguei Tijanovski, marido de Tikhanovskaia.
O terceiro rival de Lukashenko impedido de concorrer, o ex-diplomata de carreira Valeri Tsepkalo, optou por se refugiar na vizinha Rússia nos últimos dias de julho ao alegar motivos de segurança pessoal.
Previamente, e durante a tarde de hoje, a porta-voz da candidatura de Tikhanovskaya também tinha anunciado a detenção da sua diretora de campanha, Maria Moroz, que ocorreu pela segunda vez após uma breve interpelação na quinta-feira.
"Provavelmente não será libertada até segunda-feira", admitiu Anna Krasoulina, uma forma de a impedir de participar no escrutínio deste domingo.
Desde a chegada de Alexander Lukashenko ao poder, em 1994, nenhuma corrente da oposição conseguiu afirmar-se na paisagem política bielorrussa. Muitos dos seus dirigentes foram detidos e, em 2019, nenhum opositor foi eleito para o parlamento.
Os resultados das últimas quatro eleições presidenciais não foram reconhecidos como justos pelos observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), que denunciaram fraudes e pressões sobre a oposição.
Pela primeira vez desde 2001, e por não ter recebido um convite oficial a tempo, a OSCE não estará presente na votação de domingo para observar a votação.