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Detida diretora de campanha de candidata da oposição na Bielorrússia

A diretora de campanha da candidata da oposição às eleições presidenciais na Bielorrússia voltou hoje a ser detida, depois de o já ter sido brevemente na quinta-feira, anunciou a porta-voz da candidatura.

Detida diretora de campanha de candidata da oposição na Bielorrússia
Notícias ao Minuto

18:16 - 08/08/20 por Lusa

Mundo Bielorrússia

"Maria Moroz foi detida hoje", disse Anna Krasoulina, porta-voz da candidata da oposição Svetlana Tikhanovskaya, citada pela agência France Presse.

"Provavelmente não será libertada até segunda-feira", ou seja, após a votação, acrescentou Krasoulina, afirmando desconhecer o motivo da detenção de Moroz.

Na quinta-feira, a mesma responsável tinha já sido detida por agentes do Ministério do Interior depois de ter ido à embaixada lituana em Minsk, tendo sido, entretanto, libertada.

Desde a Primavera, na sequência de uma mobilização inesperada a favor da oposição, as autoridades bielorrussas intensificaram as operações contra os opositores de Lukashenko.

Dois potenciais candidatos às eleições presidenciais de 09 de agosto foram presos, levando a mulher de um deles, Svetlana Tikhanovskaya, a assumir uma candidatura que conseguiu níveis de mobilização sem precedentes nos seus comícios.

Lukashenko, por sua vez, denunciou uma conspiração entre opositores e mercenários russos para cometer um "massacre" numa tentativa de desestabilizar o país e tomar o poder.

Acusa também o Ocidente, particularmente os Estados Unidos, de conspirar contra ele.

Svetlana Tikhanovskaya e Moscovo descreveram as acusações da Bielorrússia contra eles como sendo fabricadas.

Lukashenko, 65 anos, 26 dos quais no poder, enfrenta uma inesperada mobilização em torno da sua concorrente Svetlana Tikhanovskaia, 37 anos, uma novata na política, atrás da qual se reuniram os principais rivais do Presidente, que foram impedidos de participar na eleição ou detidos.

A oposição bielorrussa, que diz temer fraudes, planeia organizar a sua contagem dos votos, apelando aos eleitores para enviarem fotografias dos seus boletins e usarem uma pulseira branca nas assembleias de voto em sinal de reconhecimento.

Os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) não estarão presentes pela primeira vez desde 2001, por não terem sido convidados a tempo.

O número de observadores nacionais é reduzido, oficialmente devido à epidemia do novo coronavírus.

As urnas estão abertas desde terça-feira, tendo-se registado já a participação de mais de 32% dos eleitores, num país com cerca de 9,5 milhões de habitantes.

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