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Putin quer tranquilidade nas presidenciais na Bielorrússia

O Presidente russo, Vladimir Putin, assegurou hoje ao seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, que não pretende desestabilizar o regime antes das presidenciais, após Minsk ter acusado Moscovo de ingerência e do envio de mercenários russos para cometer um "massacre".

Putin quer tranquilidade nas presidenciais na Bielorrússia
Notícias ao Minuto

15:09 - 07/08/20 por Lusa

Mundo Rússia

"A parte russa tem interesse em manter uma situação política estável na Bielorrússia e que a eleição presidencial [de domingo] decorra num clima de tranquilidade", indicou o Kremlin num comunicado que resume a conversa telefónica entre Putin e Lukashenko.

Esta foi a primeira conversa telefónica entre os dois chefes de Estado desde a detenção, no final de julho, de 33 russos que Minsk identificou como mercenários do grupo militar privado Wagner, considerado próximo do Kremlin.

De acordo com os investigadores bielorrussos, os russos tinham por missão organizar com a oposição tumultos por ocasião das eleições presidenciais do próximo domingo.

Segundo o Kremlin, Lukashenko e Putin discutiram esta questão que será regularizada "no espírito de compreensão mútua que caracteriza a sua cooperação".

Putin terá exortado o seu homólogo a libertar os 33 russos, apesar de o secretário de Estado do Conselho de Segurança da Bielorrússia ter previamente garantido que Minsk procura outros 200 alegados mercenários russos que também se encontram no país.

Segundo as autoridades da vizinha Ucrânia, alguns dos detidos combateram no leste do país ao lado dos separatistas pró-russos, e foi solicitada a sua extradição.

O comunicado da presidência russa indica ainda que foram abordados "temas de atualidade relativos ao desenvolvimento das relações fraternas russo-bielorrussas".

No entanto, as relações entre Moscovo e Minsk têm registado uma contínua degradação nos últimos meses, com o autocrático Presidente bielorrusso, no poder desde 1994, a considerar que a Rússia apoia os seus detratores para o penalizar pelo facto de ter recusado aprofundar a união dos dois países e fazer da Bielorrússia um Estado vassalo.

O Kremlin rejeitou estas acusações.

Lukashenko, 65 anos e que se apresenta a um sexto mandato consecutivo, enfrenta uma mobilização inesperada em torno da sua opositora Svetlana Tikhanovskaia, uma estreante na política de 37 anos e apoiada pelos principais rivais do Presidente, que foram impedidos de participar na eleição ou foram detidos.

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