O jornalista argelino compareceu na terça-feira perante o procurador do tribunal de Bir Mourad Rais, em Argel, na companhia de Ramdane Rahmouni, segundo o Comité Nacional para a Libertação dos Detidos (CNLD), uma associação de apoio aos presos de opinião.
Os dois foram então colocados em prisão preventiva.
A sua detenção suscitou logo na terça-feira uma enorme emoção entre os seus camaradas de profissão e desencadeou uma vaga de protestos nas redes sociais.
"Em 01 de julho de 2020, os meus empregadores [France 24] decidiram pôr termo a sua colaboração comigo enquanto correspondente, porque já não trabalhava no terreno, e porque, justamente, respeitei as instruções", escreveu Ait Kaci antes da sua detenção numa carta publicada no portal de informação digital Casbah Tribune.
Segundo a France 24, Ramdane Rahmouni contribuiu "para a entrevista com o Presidente argelino [Abdelmadjid Tebboune] em 04 de julho".
As irregularidades atribuídas ao jornalista Moncef Ait Kaci não foram precisadas, mas segundo a sua defesa trata-se de um problema de acreditação.
Na qualidade de correspondente de 'media' estrangeiros na Argélia, é obrigatória uma acreditação junto das autoridades.
No entanto, nenhuma acreditação para o ano 2020 tinha sido entregue até ao início desta semana para os correspondentes locais de media franceses, incluindo a agência noticiosa AFP.