Durante uma operação no município de Medéia, ao sul de Argel, e "após a explosão de uma bomba caseira, dois soldados caíram como mártires: o capitão Bensmaïl Fateh e o cabo-mor Khaldi Zakaria", refere o Governo argelino num comunicado de imprensa.
Referindo que as operações naquela área vão continuar, o Ministério da Defesa garantiu que "reforçou as medidas de segurança necessárias".
O exército argelino anuncia regularmente a prisão ou morte de islâmicos armados em diferentes regiões do país, tendo, em 2019, contabilizado a morte de 15 islâmicos armados e a detenção de 25 outros, enquanto 44 se renderam.
Nos últimos oito dias, segundo adiantou, foram mortos três soldados e quatro, desde o início do ano. Em 20 de junho, um cabo foi morto durante um confronto com "terroristas" em Ain Defla (centro) e no início de fevereiro um soldado foi morto num atentado com um carro-bomba, em Timiaouine, na fronteira com o Mali.
As autoridades argelinas usam a palavra "terrorista" para se referirem aos islâmicos armados que atuam no país desde o início dos anos 90.
Apesar da adoção, em 2005, de uma Carta para a Paz e Reconciliação, que deveria alterar o cenário da chamada "década negra" da guerra civil (1992-2002) - que causou a morte de cerca de 200.000 pessoas -, os grupos armados islâmicos continuam ativos especialmente no centro-leste do país, onde atacam frequentemente as forças de segurança.