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Governo britânico denuncia tentativa de interferência russa nas eleições

O Governo britânico acredita que agentes russos tentaram influenciar as eleições legislativas do Reino Unido em dezembro promovendo na internet documentos usados na campanha pelo trabalhista Jeremy Corbyn sobre as negociações com os EUA para um acordo comercial.

Governo britânico denuncia tentativa de interferência russa nas eleições
Notícias ao Minuto

14:16 - 16/07/20 por Lusa

Mundo Dominic Raab

"Com base numa análise abrangente, o Governo concluiu que é quase certo que agentes russos procuraram interferir nas eleições parlamentares de 2019, ampliando a disseminação na internet de documentos governamentais obtidos de forma ilícita", denunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, numa declaração escrita ao Parlamento.

Segundo Raab, os "documentos sensíveis do Governo relacionados com acordo de comércio entre o Reino Unido e os EUA foram obtidos de forma ilícita antes das eleições gerais de 2019 e disseminados na Internet pela plataforma Reddit". 

"O Governo reserva o direito de responder com medidas apropriadas no futuro", acrescentou o ministro. 

Os documentos em causa foram usados pelo então líder do partido Trabalhista num debate televisivo, no qual Jeremy Corbyn alertou para o risco de serviços prestados pelo sistema nacional de saúde NHS serem privatizados e concessionados a empresas norte-americanas num futuro acordo de comércio livre com os EUA após o Brexit

Boris Johnson negou que aquele setor esteja aberto a negociações.

A alegada interferência russa na política britânica foi investigada e um relatório produzido pela Comissão parlamentar da Cultura, Digital, Comunicação Social e Desporto em fevereiro de 2019.

Esse relatório apontou para a potencial interferência da Rússia e a necessidade de regulamentar as redes sociais, em particular a Facebook, na sequência do uso de dados de milhões de utilizadores pela empresa de consultadoria política Cambridge Analytica para traçar o perfil dos eleitores e ajudar a campanha eleitoral do presidente dos EUA, Donald Trump, em 2016.

Um outro relatório da Comissão Parlamentar de Informações e Segurança  sobre a alegada influência russa na política britânica concluído em outubro deverá ser divulgado na próxima semana. 

Pressionado a divulgá-lo antes das eleições legislativas de dezembro de 2019, o primeiro-ministro, Boris Johnson, alegou a necessidade de o documento de 50 páginas ser primeiro revisto antes de ser publicado, alimentando especulação de que foi retido devido porque o conteúdo pode comprometer o Partido Conservador.

O jornal Sunday Times noticiou em novembro que o relatório nomeia nove empresários russos que terão feito donativos financeiros para o Partido Conservador. 

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