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Seis mortos em ataque por grupo armado no Sudão do Sul

Dois trabalhadores humanitários e outros quatro civis morreram no Sudão do Sul após terem sido abatidos a tiro por um grupo armado não identificado, anunciou hoje o coordenador humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU) no país.

Seis mortos em ataque por grupo armado no Sudão do Sul
Notícias ao Minuto

13:14 - 16/07/20 por Lusa

Mundo ONU

De acordo com a agência Associated Press, os dois trabalhadores humanitários estavam a apoiar quatro pessoas no início da semana, tendo então sido atacados por um grupo armado desconhecido.

"Estes terríveis atos não podem continuar", afirmou o coordenador das Nações Unidas no país, Mohamed Ag Ayoya, numa declaração.

O coordenador apelou ao Governo do Sudão do Sul para aumentar os esforços de proteção de trabalhadores humanitários, considerando que estes correm "riscos significativos" para apoiar milhões de pessoas que enfrentam fome e, mais recentemente, a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

A declaração refere que os atacantes dispararam sobre os membros de um grupo de ajuda internacional -- que não surge identificado -- quando estes estavam a prestar serviços sanitários e de nutrição a residentes, a maioria mulheres e crianças, que tentaram sair do local.

O ataque ocorreu no centro da cidade de Pajut, no estado de Jonglei, que tem sido palco de violentos conflitos intercomunitários e que provocaram centenas de mortos e milhares de deslocados.

A violência no estado de Jonglei levou a que grupos internacionais de ajuda humanitária, como os Médicos Sem Fronteiras ou o Comité Internacional da Cruz Vermelha, limitassem o seu trabalho durante as últimas semanas.

"Embora o medo de novos ataques na cidade seja palpável, a ONG [organização não-governamental] vai continuar a prestar serviços sanitários e de nutrição", refere a ONU.

O Sudão do Sul é considerado um dos países mais perigosos para os trabalhadores humanitários, mesmo após o fim de uma guerra civil que terminou em 2018, após cinco anos de conflito.

Pelo menos 122 funcionários de ONG de apoio humanitário foram mortos desde 2013, incluindo sete desde o início de 2020.

À semelhança dos assassinados no início desta semana, as vítimas tendem a ser, na sua maioria, sul-sudanesas.

O Sudão do Sul, com maioria de população cristã, obteve a sua independência ao separar-se do Norte árabe e muçulmano em 2011. No entanto, a partir do final de 2013, o país entrou num conflito civil, provocado pela rivalidade entre o Presidente, Salva Kiir, e o seu então vice-presidente, Riek Machar.

As partes formaram um Governo de unidade nacional em 2016, que caiu poucos meses após a formação devido a um reinício da violência, tendo essa sido a primeira tentativa de pacificação do jovem país africano.

Em fevereiro, Kiir e Machar oficializaram uma reconciliação, estabelecendo um Governo conjunto.

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