Governo britânico propõe banir grupo supremacista que alicia adolescentes
A ministra do Interior britânica, Priti Patel, pediu hoje permissão ao parlamento para banir a organização de extrema-direita Feuerkrieg Division, fundada no final de 2018 e que opera nos Estados Unidos e Europa.
© Reuters
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Segundo Patel, o grupo defende o uso de violência e assassínio em massa com o objetivo de promover uma "guerra racial apocalíptica", usando as redes sociais para converter e recrutar adolescentes e jovens adultos com cerca de 20 anos.
"Este desprezível grupo supremacista branco defende a violência e procura semear a divisão, pessoas jovens e vulneráveis. Estou determinada a fazer tudo o que puder para impedir a disseminação de ideologias extremistas que incentivem e glorifiquem o terrorismo, razão pela qual tomei medidas para proibir este grupo", justificou a ministra.
A ordem de proscrição vai ser debatida e sujeita a aprovação, entrando em vigor no final desta semana se aprovada.
A organização faz parte de uma ala crescente do movimento supremacista branco que defende o "aceleracionismo", uma corrente que promove a violência em massa para alimentar o colapso da sociedade, tendo sido referida, por exemplo, pelo homem culpado de atacar duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, e de matar 51 pessoas em 2019.
O FBI descobriu planos de membros do Feuerkrieg Division para atacar uma sinagoga em Las Vegas e a sede de um grande grupo de comunicação social e na Estónia as autoridades descobriram que um dos líderes tinha apenas 13 anos.
Em setembro do ano passado, o grupo urgiu os seus seguidores a retaliar com ataques a detenção de um membro de 16 anos no Reino Unido por acusações de terrorismo, distribuindo uma lista de edifícios da polícia e uma imagem de um chefe da polícia com uma arma apontada à cabeça e as palavras "traidor de raça".
Em 2016, uma outra organização de extrema-direita, "National Action", foi proscrita no Reino Unido no âmbito da lei sobre o terrorismo de 2000 [Terrorism Act], pelo que os membros ou apoiantes podem ser condenados até 10 anos de prisão.
Uma portuguesa, Claudia Patatas, foi condenada a cinco anos de prisão em 2018 por pertencer a este último grupo, tendo, durante o julgamento, sido tornado público que chamou ao filho recém-nascido "Adolf" como sinal de admiração pelo líder nazi alemão Adolf Hitler.
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