Procurar

Governo britânico propõe banir grupo supremacista que alicia adolescentes

A ministra do Interior britânica, Priti Patel, pediu hoje permissão ao parlamento para banir a organização de extrema-direita Feuerkrieg Division, fundada no final de 2018 e que opera nos Estados Unidos e Europa.

Governo britânico propõe banir grupo supremacista que alicia adolescentes

© Reuters

Lusa
13/07/2020 17:32 ‧ há 5 anos por Lusa

Segundo Patel, o grupo defende o uso de violência e assassínio em massa com o objetivo de promover uma "guerra racial apocalíptica", usando as redes sociais para converter e recrutar adolescentes e jovens adultos com cerca de 20 anos.

"Este desprezível grupo supremacista branco defende a violência e procura semear a divisão, pessoas jovens e vulneráveis. Estou determinada a fazer tudo o que puder para impedir a disseminação de ideologias extremistas que incentivem e glorifiquem o terrorismo, razão pela qual tomei medidas para proibir este grupo", justificou a ministra.

A ordem de proscrição vai ser debatida e sujeita a aprovação, entrando em vigor no final desta semana se aprovada.

A organização faz parte de uma ala crescente do movimento supremacista branco que defende o "aceleracionismo", uma corrente que promove a violência em massa para alimentar o colapso da sociedade, tendo sido referida, por exemplo, pelo homem culpado de atacar duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, e de matar 51 pessoas em 2019. 

O FBI descobriu planos de membros do Feuerkrieg Division para atacar uma sinagoga em Las Vegas e a sede de um grande grupo de comunicação social e na Estónia as autoridades descobriram que um dos líderes tinha apenas 13 anos. 

Em setembro do ano passado, o grupo urgiu os seus seguidores a retaliar com ataques a detenção de um membro de 16 anos no Reino Unido por acusações de terrorismo, distribuindo uma lista de edifícios da polícia e uma imagem de um chefe da polícia com uma arma apontada à cabeça e as palavras "traidor de raça".

Em 2016, uma outra organização de extrema-direita, "National Action", foi proscrita no Reino Unido no âmbito da lei sobre o terrorismo de 2000 [Terrorism Act], pelo que os membros ou apoiantes podem ser condenados até 10 anos de prisão.

Uma portuguesa, Claudia Patatas, foi condenada a cinco anos de prisão em 2018 por pertencer a este último grupo, tendo, durante o julgamento, sido tornado público que chamou ao filho recém-nascido "Adolf" como sinal de admiração pelo líder nazi alemão Adolf Hitler. 

 

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10