Al-Hachémi, de 40 anos, era uma presença diária nos órgãos de comunicação social locais e internacionais para comentar as atividades de grupos 'jihadistas', a política iraquiana e as ações entre fações armadas xiitas pró-iranianas.
O especialista era igualmente consultado por numerosas embaixadas e personalidades políticas iraquianas.
Segundo o general Saad Maan, diretor de Comunicação do Ministério do Interior iraquiano, al-Hachémi morreu no hospital.
Fonte hospitalar, citada pela agência noticiosa France-Presse (AFP), indicou que o corpo do investigador ficou crivado de balas em diversos pontos do corpo.
Testemunhas citadas pela AFP indicaram que três homens armados a bordo de duas motocicletas dispararam vários tiros sobre o investigador, que saía do seu carro próximo de casa.
"Os cobardes assassinaram o meu amigo e um dos investigadores mais brilhantes do Iraque, Hicham al-Hachémi. Estou em choque", escreveu na rede social Twitter Harith Hassan, também investigador e historiador, atual conselheiro do primeiro-ministro iraquiano, Moustafa al-Kazimi.
The cowards killed my friend and one of the brightest researchers in Iraq, Hisham al-Hasimi. I am shocked.
— Harith Hasan (@harith_hasan) July 6, 2020
Al-Hachémi foi um dos fervorosos apoiantes da revolta popular lançada em outubro do ano passado para reclamar uma "refundação total" do sistema político iraquiano.
Nos seis meses de contestação, várias dezenas de militantes foram assassinados por homens armados, também a partir de motocicletas, próximo das suas residências.
Os assassínios de personalidades iraquianas, muito frequentes durante os anos da guerra civil (2006/09), eram concretizados tanto pelas fações xiitas como pelos 'jihadistas', mas eram, atualmente, raros.