Segundo a presidente da Câmara Municipal de Libertador (o maior município de Caracas), Erika Farías Peña, o encerramento visa proceder à desinfeção do supermercado.
"Atenção. Depois de confirmar casos da covid-19 e o incumprimento das medidas de biossegurança no supermercado Unicasa de La Candelária (centro de Caracas), fizemos o encerramento para a sua pronta desinfeção", anunciou Erika Farías Peña na sua conta do Twitter.
Sem precisar o número de casos positivos detetados, a autarca explicou que "as pessoas infetadas estão a ser atendidas" pelo "pessoal de saúde" local.
Erika Farías Peña informou que "as autoridades estão a realizar os devidos trabalhos de desinfeção" em estabelecimentos do centro de Caracas e que "as pessoas infetadas estão a receber o tratamento necessário para superar a doença".
Entretanto, também através do Twitter, a administração da Unicasa emitiu um comunicado confirmando que foram "realizados testes rápidos" da covid-19 "aos trabalhadores da sucursal de La Candelária, dando como resultado sete casos suspeitos".
Perante este diagnóstico as autoridades "efetuaram o encerramento temporário das instalações, para desinfetar todas as áreas".
"Como rede responsável, continuaremos a incentivar o cumprimento das normas de segurança estabelecidas pelos organismos competentes (...), o que nos permitem proteger a saúde dos clientes e do pessoal que trabalha diariamente", explica.
A Venezuela regista atualmente 5.530 casos confirmados do novo coronavírus e 48 mortes associadas à covid-19, tendo 1.649 pessoas recuperado da doença.
O país está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos no país.
Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena e impedidos de circular livremente entre os vários Estados do país.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 507 mil mortos e infetou mais de 10,37 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.