Quatro matemáticos internacionais vencem Prémio Princesa das Astúrias

O Prémio Princesa das Astúrias para a Investigação Científica e Técnica 2020 foi atribuído hoje, em Oviedo, Espanha, a quatro matemáticos precursores em "teorias e técnicas modernas de processamento de dados".

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Lusa
23/06/2020 13:05 ‧ 23/06/2020 por Lusa

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Espanha

O júri considera que Yves Meyer (francês), Ingrid Daubechies (belga e norte-americana), Terence Tao (australiano e norte-americano) e Emmanuel Candès (francês) deram contribuições "pioneiras e de grande alcance às modernas teorias e técnicas de processamento de dados matemáticos e de sinais".

"Estes são a base e o suporte da era digital - ao permitir a compressão de arquivos gráficos com pouca perda de resolução, de diagnóstico e imagem médica - permitindo a reconstrução de imagens precisas a partir de um pequeno número de dados - e da engenharia e investigação científica - ao eliminar interferências e ruídos de fundo", sublinha ainda o júri.

De acordo com o júri, as técnicas desenvolvidas pelos premiados estão a ser "fundamentais", por exemplo, no desempenho do telescópio espacial Hubble e têm sido "cruciais" na deteção de ondas pelo Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferómetro Laser (LIGO).

Este é o sétimo dos oito Prémios Princesa das Astúrias que vão ser anunciados este ano, depois de o destinado à Concórdia ter sido atribuído aos profissionais espanhóis de saúde, o das Artes aos compositores Ennio Morricone e John Williams, o da Comunicação e Humanidades à Feira Internacional do Livro de Guadalajara e ao Festival Hayaos, o das Ciências Sociais, ao economista turco Dani Rodrik, o do Desporto, ao piloto espanhol Carlos Sainz e o das Letras à poeta e ensaísta canadiana Anne Carson.

O Prémio Princesa das Astúrias para a Investigação Científica e Técnica foi atribuído em 2019 à norte-americana Joanne Chory e à argentina Sandra Myrna Díaz e, em edições anteriores, a Svante Paabo (2018); a Rainer Weiss, Kip S. Thorne, Barry C. Barish e à Colaboração Científica LIGO (2017); e a Hugh Herr (2016).

Os Prémios Princesa das Astúrias distinguem, em termos gerais, o "trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário" realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.

O galardão destinado à Investigação Científica e Técnica é atribuído "a trabalhos sobre a criação e desenvolvimento da investigação, descoberta e/ou invenção em matemática, astronomia e astrofísica, física, química, ciências da vida, ciências médicas, ciências da terra e do espaço e ciências tecnológicas".

Cada prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró -- símbolo que representa o galardão -, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia, que nos anos anteriores foi entregue numa cerimónia solene presidida pelo rei de Espanha, Felipe VI, no teatro Campoamor, em Oviedo.

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