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Madrid negoceia em contrarrelógio sobre condições para abrir fronteiras

O Governo espanhol está em negociações de última hora sobre as condições de abertura das fronteiras, daqui a 36 horas, com vários países, incluindo Reino Unido e França, principais países de origem de turistas para Espanha.

Madrid negoceia em contrarrelógio sobre condições para abrir fronteiras
Notícias ao Minuto

17:25 - 19/06/20 por Lusa

Mundo Espanha

Fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol indicaram à agência Efe que estão a decorrer conversações com o Reino Unido para decidir se deve ou não ser aplicada uma quarentena aos viajantes britânicos, em reciprocidade com a que Londres impõe aos viajantes espanhóis.

De acordo com essas fontes, Madrid terá de tomar, nas próximas horas, uma decisão sobre as condições que vai estabelecer, o que vai depender da alteração que Londres eventualmente faça sobre a quarentena que aplica na sua fronteira.

Também estão a ter lugar conversações com a França para se fazer a gestão do desfasamento da data de abertura das fronteiras.

A Espanha tenciona abrir as suas fronteiras às 00:00 de domingo (menos uma hora em Lisboa), 21 de junho, enquanto a França só o fará 24 horas mais tarde, segunda-feira, 22 de junho, o que, segundo a fonte da Efe, não é considerado particularmente grave pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A Espanha continua também a tentar levar a União Europeia a estabelecer critérios harmonizados e comuns para a abertura das fronteiras, mas se isso acabar por não acontecer, Madrid tomará uma decisão unilateral para estabelecer os seus próprios controlos com base no que está a ser testados no "programa-piloto" nas Ilhas Baleares com mil turistas alemães.

Nesse caso, a Espanha optou por estabelecer controlos de segurança sanitária na fronteira, como a medição da temperatura, a inspeção visual, a elaboração de base de dados com informações sobre cada visitante e o acompanhamento dos turistas por telefone.

Em princípio, a única fronteira interna da UE que não será aberta a 21 de junho, no domingo, é a que tem com Portugal, já que o Governo português não permitirá a livre circulação antes de 01 de julho, altura em que as barreiras fronteiriças serão levantadas numa cerimónia presidida pelo rei espanhol Felipe VI e pelo Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa.

A ministra da Indústria, Comércio e Turismo espanhola, Reyes Maroto, afirmou hoje que a época de verão será "complicada" e que não espera que os turistas estrangeiros cheguem "em massa" a Espanha nos primeiros dias, após a reabertura das fronteiras.

Segundo Maroto, também não está ainda decidido se vão ser feitos testes PCR aos turistas que cheguem a Espanha, como foi solicitado pela região de Madrid, no aeroporto internacional da capital, medida que o Governo está a analisar com as comunidades autónomas.

Por último, quanto às fronteiras externas da UE e as previsões de abertura em 01 de julho, a Comissão Europeia recomenda a aplicação de dois indicadores para permitir a chegada de viajantes de países terceiros: a taxa de prevalência e a fiabilidade e qualidade dos dados desses países.

A maior parte dos países do mundo encerrou as suas fronteiras em março passado para limitar a propagação da pandemia de covid-19.

Mais de três meses depois, as barreiras à circulação de pessoas estão a ser levantadas a tempo de permitir que a viagem dos turistas, uma fonte de receitas muito importante que significa mais de 12% do PIB de Espanha.

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