Chade envia 1.500 soldados para apoiar a marechal líbio Khalifa Hafter

O Chade vai enviar pelo menos 1.500 soldados para a Líbia de forma a reforçar temporariamente as forças do marechal Khalifa Hafter, líder do governo não reconhecido na cidade oriental de Tobrouk, anunciaram hoje fontes de segurança chadianas.

Manifestação contra violação de rapariga no Chade reprimida pela polícia

© Getty Images

Lusa
12/06/2020 16:05 ‧ 12/06/2020 por Lusa

Mundo

Chade

"Não é a primeira vez que o Chade acede a um pedido do marechal Khalifa Hafter. Entre outubro de 2017 e janeiro de 2019, já enviámos cerca de 2.500 soldados chadianos para poiar Hafter", referiu um alto comandante militar do Chade, citado pela Efe, que falou sob anonimato.

De acordo com a mesma fonte, as autoridades do Chade "acreditam que Hafter é parte da solução para o problema líbio", ao contrário das milícias que apoiam o Governo de Acordo Nacional apoiado pelas Nações Unidas, em Trípoli.

No entanto, a decisão foi criticada por organizações de defesa dos direitos humanos no Chade, que acreditam que o Presidente do país, Idriss Déby, procura retorno político.

mercenarismo, o que o Presidente está a praticar. Ao mandar soldados para a Líbia, espera o apoio de Hafter para combater os opositores armados (contra o seu Governo) que operam a partir da Líbia", referiu o secretário-geral da Convenção Chadiana dos Direitos Humanos, Mahamat Nour Ahmat Ibedou, citado pela Efe.

O ativista considera que o destacamento dos militares "não tem nada a ver com o Chade", defendendo que "o Presidente Déby tem de acabar com esta política".

O poder político do chefe de Estado é ameaçado por grupos rebeldes chadianos sediados no sul da Líbia, entre os quais a União das Forças de Resistência, o Conselho de Comando Militar para Salvação da República ou a Frente para a Alternância e Concórdia no Chade.

Estes grupos realizam incursões frequentes no Chade, pelo que Déby pretende o apoio de Hafter para colocar um fim a estas atividades insurgentes, refere a Efe.

A Líbia, que possui as reservas de petróleo mais importantes no continente africano, é um país imerso num caos político e securitário desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011.

No leste do país existe um Governo rival, que apoia o marechal Khalifa Hafter, cujas forças lançaram uma ofensiva para capturar Tripoli em abril de 2019.

Desde o início da ofensiva das tropas de Haftar sobre Tripoli foram mortos mais de 280 civis e cerca de 2.000 combatentes, segundo a ONU. Perto de 150.000 líbios foram deslocados.

 

 

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