Segundo os jornais The Washington Post e The Wall Street Journal, Trump terá aprovado um plano para reduzir as tropas estacionadas na Alemanha de 34.500 para um máximo de 25.000 homens, mas a ministra da Defesa alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer, disse a jornalistas que Berlim ainda não foi informado da medida.
A embaixada norte-americana em Berlim não quis comentar e o Pentágono não confirmou as notícias.
Se os Estados Unidos avançarem, no entanto, Kramp-Karrenbauer considera que a medida prejudicará mais a Aliança Atlântica como um todo do que a defesa da Alemanha em particular.
"O facto é que a presença de soldados norte-americanos na Alemanha serve a segurança da aliança da NATO, incluindo a segurança dos Estados Unidos", disse.
A administração Trump tem vindo a instar a Alemanha a cumprir a meta da NATO de dedicar à defesa 2% do produto interno bruto e as autoridades norte-americanas já evocaram a possibilidade de retirar tropas como uma ameaça velada.
Nesse sentido, o coordenador do Governo para as relações transatlânticas, Peter Beyer, disse que se o plano for confirmado não é uma surpresa, mas considerou irritante saber dessa possibilidade através dos media.
"As relações entre a Alemanha e os Estados Unidos podem ser severamente afetadas por uma decisão como essa do presidente norte-americano", disse Beyer à agência de notícias alemã DPA.
As instalações dos Estados Unidos na Alemanha incluem a base aérea Ramstein, quartel-general da força aérea norte-americana na Europa e em África, o centro médico regional Landstuhl, o quartel-general do Comando Europeu e do Comando da África em Stuttgart, o quartel-general do Exército na Europa em Wiesbaden, uma base de caças F-16 em Spangdahlem e a Área de Treino Grafenwoehr, a maior da NATO na Europa.