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Mayor de Washington pede a Trump para retirar forças militares

A mayor de Washington, Muriel Bowser, pediu hoje ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que retire as forças militares posicionadas em torno da Casa Branca, onde decorrem protestos há seis dias.

Mayor de Washington pede a Trump para retirar forças militares
Notícias ao Minuto

18:44 - 05/06/20 por Lusa

Mundo EUA/Floyd

Donald Trump ordenou ao Pentágono para ter um dispositivo militar de prontidão, nos arredores da Casa Branca, para a eventualidade de ser preciso travar incidentes violentos provocados pelos manifestantes que protestam pela morte de George Floyd, um afro-americano que foi morto pela polícia em Minneapolis, no passado dia 25, provocando uma onda global de contestação.

"Os manifestantes foram pacíficos e ontem (quinta-feira) à noite (em Washington) não houve detenções", disse Bowser, para justificar o pedido a Trump para que "retire todo o pessoal da polícia federal e militar de apoio".

Para a autarca da capital norte-americana, a polícia local "está bem equipada para lidar com protestos", denunciando ainda a existência de patrulhas de segurança nas ruas da cidade.

A convocação de forças militares para os arredores da Casa Branca aconteceu depois de, domingo, uma igreja próxima ter sido vandalizada e centenas de manifestantes terem arremessado pedras para os jardins da residência oficial do Presidente.

Ao longo dos últimos dias, já foram detidas cerca de dez mil pessoas em dezenas de cidades dos Estados Unidos, acusados de vandalismo, saque e não cumprimento de recolher obrigatório, que foi decretado em vários estados, para conter a onda de violência das manifestações.

Na passada noite, em Nova Iorque foram detidas mais 250 pessoas, em manifestações que ocorreram já depois do toque de recolher obrigatório, determinado para as 20:00, quando a polícia atuou com força sobre os manifestantes.

As autoridades nova-iorquinas tinham avisado que não dariam tolerância ao recolher obrigatório, depois de várias noites de saques e de destruição de lojas no centro da cidade.

Em Minneapolis, a cidade onde Floyd foi assassinado por asfixia por um polícia que o escoltava, as manifestações já estão mais pacíficas, mas continuam a angariar milhares de pessoas que se têm dirigido para o local da morte, para prestar homenagem ao afro-americano.

Hoje, um grupo de jogadores, treinadores e funcionários das principais equipas de futebol americano de Minneapolis foram ao local do assassinato, usando camisolas do movimento #BlackLivesMatter, tendo depois seguido até à esquadra de polícia, em sinal de protesto para com o comportamento dos agentes.

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.

Cerca de 10.000 pessoas foram detidas desde o início dos protestos, e as autoridades impuseram recolher obrigatório em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque.

Os quatro polícias envolvidos foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão.

Os restantes vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.

A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.

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