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Eleições: Candidato democrata fez primeira aparição ao vivo em dois meses

O candidato presidencial democrata norte-americano, Joe Biden, fez hoje a sua primeira aparição presencial, ao fim de dois meses, depois de ter estado confinado por causa da pandemia.

Eleições: Candidato democrata fez primeira aparição ao vivo em dois meses
Notícias ao Minuto

17:41 - 25/05/20 por Lusa

Mundo EUA

Desde que cancelou abruptamente um comício em Cleveland, no Ohio, em 10 de março, por causa da pandemia de covid-19, Joe Biden passou a fazer a sua campanha presidencial com recurso a tecnologias de comunicação digital, a partir de sua casa.

Hoje, Biden apareceu com uma máscara de proteção individual (marcando a diferença com o candidato republicano e Presidente, Donald Trump, que se recusa a usá-la em público), colocando uma coroa de flores brancas num parque de veteranos, perto da sua casa, no Estado de Delaware, na costa leste dos EUA.

Embora ainda permaneça em dúvida o regresso de eventos tradicionais, como comícios e convenções, por causa da pandemia, a iniciativa de campanha de hoje mostra que Joe Biden não tenciona passar todos meses que ainda faltam até às eleições presidenciais, em 03 de novembro, em casa.

Os conselheiros de Joe Biden têm tentando convencê-lo a aparecer em eventos de campanha, para tentar tirar maior proveito desta fase política em que Donald Trump tem sido muito criticado pela sua gestão do combate à pandemia.

Biden tem repetido a mensagem de que estaria muito melhor preparado - pela sua experiência como vice-Presidente de Barack Obama, que teve de lidar com a epidemia SARS e com a crise financeira de 2008 -- para tirar o país desta crise sanitária e económica.

Contudo, aos 77 anos, Biden pertence aos grupos de risco perante o novo coronavírus e tem procurado resguardar-se de contactos com pessoas, preferindo fazer campanha por meios digitais e dando entrevistas por telefone e por videoconferência.

Por outro lado, a direção de campanha de Biden alega que não quer colocar em risco a saúde dos simpatizantes democratas, em eventos públicos.

"Nunca faremos escolhas que prejudiquem a nossa equipa ou os nossos eleitores", disse Jen Dillon, diretora de campanha de Biden.

Trump também deixou de realizar comícios, que eram uma das suas imagens de marca, mas nas últimas semanas já retomou as viagens para fora da capital e tem feito visitas a fábricas em ações de campanha para a sua reeleição.

A equipa de campanha de Joe Biden, contudo, tem usado imagens das viagens do Presidente aos seus campos de golfe, na Florida, para mostrar que Trump está desligado dos esforços de combate à pandemia.

"O número de mortos ainda está a aumentar. Mas o Presidente anda a jogar golfe", dizia o texto de um vídeo de propaganda política democrata que está a ser divulgado em todo o país, referindo-se aos cerca de 100.000 óbitos já provocados pelo novo coronavírus.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 345 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,1 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2,5 milhões, contra mais de dois milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 144 mil, contra mais de 174 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

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