Na quarta-feira, a Marinha dos Estados Unidos divulgou vídeos onde é possível ver pequenas embarcações iranianas a aproximarem-se dos navios de guerra norte-americanos, que faziam operações com helicópteros Apache junto ao Kuwait.
Na versão da Guarda Revolucionária, as suas embarcações estavam em exercícios de rotina no Golfo quando foram surpreendidas por "manobras provocatórias e pouco profissionais" dos barcos norte-americanos, que, ainda de acordo com fontes iranianas, acabariam por abandonar o local.
Os iranianos, que não divulgaram qualquer vídeo que suporte a sua versão, acusaram ainda os norte-americanos de terem bloqueado navios da Guarda Revolucionária nos dias 06 e 07 de abril.
O tenente Pete Pagano, porta-voz do navio Bahrain, da quinta esquadrilha americana, diz que as forças americanas mantêm a acusação original, rejeitando a versão iraniana do recontro.
"Em relação a qualquer outra interação com os nossos navios, as forças americanas continuam vigilantes e são treinadas para agir de maneira profissional", disse Pagano à Associated Press.
O incidente ocorreu num momento de maior tensão entre o Irão e os EUA, que não abrandou apesar da pandemia de coronavírus que afeta os dois países.
Homens armados invadiram um navio-tanque com bandeira de Hong Kong na terça-feira, na costa do Irão, perto do estreito de Hormuz, sequestrando a embarcação por um curto período de tempo perto da costa iraniana.
Embora o Irão não tenha reconhecido estar por detrás do incidente, empresas de segurança privada dizem que a Guarda revolucionária esteve envolvida no sequestro.
O ministro das Relações Exteriores do Irão, Mohammad Javad Zarif, voltou, entretanto, a usar o Twitter para criticar o presidente Donald Trump.
"Tudo que você precisa fazer é parar de interferir nos assuntos de outras nações; especialmente na minha", advertiu Zarif, dirigindo-se a Trump, e garantindo que "o Irão não aceita conselhos de qualquer político americano".