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Prisões federais dos EUA isolam 170 mil detidos

Todos os detidos nas prisões federais dos EUA, cerca de 170.000 pessoas, serão mantidos em confinamento solitário, desde hoje e por pelo menos duas semanas, para travar o surto de pandemia covid-19, anunciou o Departamento Federal de Prisões.

Prisões federais dos EUA isolam 170 mil detidos
Notícias ao Minuto

19:29 - 01/04/20 por Lusa

Mundo Covid-19

O surto do novo coronavírus está a espalhar-se rapidamente em 122 estabelecimentos prisionais federais dos Estados Unidos, onde 29 detidos e 30 guardas foram contaminados, de acordo com a mais recente contagem das autoridades norte-americanas.

Os Estados Unidos registaram também a primeira morte de um preso, um homem de 49 anos que cumpria uma pena por tráfico de droga e que foi vítima da doença covid-19, no sábado.

Até agora, apenas os detidos que estiveram em contacto com pessoas infetadas estavam em quarentena, mas desde hoje a regra abrange toda a população prisional em estabelecimentos federais.

"Por um período de 14 dias, os detidos de cada estabelecimento permanecerão nas suas celas, para retardar a propagação do vírus", disse o Departamento Federal de Prisões, num comunicado.

Este tipo de medidas é geralmente usado apenas em casos de motim nas prisões, mas desta vez as autoridades alegam "preocupações com a saúde", para justificar a alteração de regras.

Os defensores dos direitos humanos já criticaram a medida, dizendo que o confinamento solitário não é solução.

"Ser confinado a solitária é tortura", afirmou Scott Hechinger, advogado de Nova Iorque.

Medidas semelhantes têm provocado tumultos e sublevações graves em várias prisões em Itália ou na Jordânia, levando em alguns casos a fugas, em prisões da Venezuela ou do Brasil.

Desde o início da epidemia, que já infetou mais de 190.000 pessoas e matou 4.100 nos Estados Unidos, muitas vozes se levantaram pedindo o descongestionamento das prisões, que detêm a maior população carcerária do mundo.

Mais de 2,2 milhões de pessoas estão presas nos Estados Unidos, a grande maioria em penitenciárias estaduais ou em centros de detenção locais.

O procurador-geral norte-americano, William Barr, disse na passada semana que é a favor da prisão domiciliária das pessoas mais vulneráveis que estão detidas nas prisões federais, especialmente as mais velhas e as que estão no final das suas sentenças.

As autoridades prisionais locais da Califórnia e de Nova Jersey já libertaram centenas de detidos, sob fiança.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 866 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 43 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 172.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

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